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Que venha a Paz!


Tão desaprendida
órfã...
muitas vezes usada

como escudo de guerra.
Venha sobre 
os aprendizes da vida
os maus,
os violentos.

Há momentos
de descobertas
onde a paz
é exaltada,
como contraponto
episódica
 esporádica.

Venha por sobre
as ideologias e crenças
como uma criança inocente
nos coração dos velhos
desesperançados.

Venha desafiando
os líderes
os duros
com a suavidade
dos colibris
a mansidão
das mães.

Venha com a brisa matutina
cumprimentando os rostos,
suavemente
ensinando ao coração
o ritmo dos batimentos.

Quanto maior a violência
e a guerra
tanto mais se levanta
o sonho da Paz!

Ela que não se aprende
por exclusão
mas por
simples atos
frágeis
e sem
importância.

(Presente para você hoje)

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