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Mostrando postagens de setembro, 2024

PERDIDO NO INFINITO

  Estou a caminho...  Descubro novidades  a todo instante.  A paisagem mistura-se  aos meus olhos;  sigo com a segurança  da idade,   a sobriedade  dos que sofrem.  As vezes  aperto o passo,  outras vezes  sou lento.   Escalo montanhas,  enfrento desfiladeiros.  Paro em estações,  reservas de vida  para ser abastecido.  Retomo a estrada  sem saber  onde vai dar,  nunca chega. Convenço-me  do perigo  dos quartos,  mesas fartas,  revejo-me. Descubro o trajeto correto  ao final,  repleto das experiências  impressas  nas curvas abruptas  retas sem fim. Tudo o que carrego  são palavras  amadurecidas   nos encontros,  para serem trocadas,  enquanto sigo,  até onde?

RAÍZES OCULTAS

Tenho perguntas por fazer,  mexem com posições,  convicções, princípios.  Perguntas tardias,  feitas após muitas  caminhadas. Estão  para serem  colocadas na mesa,  durante a refeição.  Não estão postas  para serem  respondidas  de pronto,  exigem tempo,  maturação. Caso tentem,  as rejeitarão,  porque incomodam,   resvalam na verdade. Perguntas que demorei  em descobrir,  faço a vida  sem perguntas,  o porquê  das situações,  acontecimentos. por isso faço-as  antes que as esqueça,  tudo volte  ao normal  de sempre.  Tenho raízes profundas  desconhecidas,  sustentam o tronco,  moldam os ramos. Estão ocultas  sob a terra,  nelas e delas  formam-me  convicções,  fraquezas. Passo o tempo  distraído de conhecê-las,  absorto nos ventos  que envolvem a copa. Muitas são as perguntas  que não se fazem,  muitos os sinais  que estão à frente,  despercebidos. Caminho pelo tempo  com insônia de origem,  ancestral,  mal percebo o porquê. Quem sabe,  envolto em mim,  possa sair,  passear pelas verda

A OLHO NU

  Minhas prisões  estão sempre  por serem arrombadas... A liberdade não tem limites,  está sempre por ser conquistada.. fácil prender-me,  difícil libertar-me. Faço do dia  um combate  permanente,  ora consciente,  ora ausente. Construo um edifício  sem formato definido,  vai seguindo as novidades,  até desconstruindo... Vou descobrindo  belas portas  semi abertas,  tem um segredo no ferrolho... abrem Sóis  de diferentes grandezas. Estão à espera  de novos olhares,  invisíveis a olho nu.  Ah minhas prisões  abraçam minha covardia,  desafiam a alegria,  braços abertos  para o mundo

ACONTECEU...

 

O SOPRO DE NOSSAS VIDAS

 

A DESCONHECIDA DO ÔNIBUS

 

LUTA E NADA MAIS

Um misto de perda e alegria... assim é a vida,  entremeada a ilusões. Beijos sugam dores abraços afagam sofrimentos,  sorrisos confundem-se com lágrimas.  O sofrimento e a realização  tecem a mesma roupa. O caminho torto ou reto não leva a lugar nenhum! É o percurso que importa! Por isso, desperte  desta sonolência inútil  e revolte-se. Compreenda  que o mundo oprime  diariamente a todos. Compreenda  que aqui se tem luta,  e nada mais!!!

SIRENE DAS SEIS

 

A BORBOLETA AZUL

   A BORBOLETA AZUL Lá se vão mais de quatro anos que meu filho Rafael Fernandes fez sua Páscoa, surpreendido por uma forte leucemia em 2019, agravada pela primeira onda de Covid no mundo, no início de 2020. A irresponsabilidade de um presidente em não comprar vacinas no tempo apropriado, contribuiu ainda mais para este fatídico desfecho. O luto sempre existirá para quem perdeu um ente querido, mas não para as pessoas. Estas se condoem junto, por algum tempo, mas depois sentem-se incomodadas com a presença da dor. Uma vez que se percebemos estar incomodando, enlutados, conscientes, decidimos guardar silêncio desta dor apenas para nós. Bem, hoje, sexta 13, é data do dia e semana de nosso casamento, meu com Margarida. Não é comum esta coincidência, mas nos traz alegria quando ocorre. Pela manhã recebemos fotos por whatsApp, de minha norinha viúva, de seu casamento com meu filho. Estas fotos trouxeram em nossas mentes o quanto ambos aproveitaram da vida que tiveram nos 15 anos de casamen

RECOLHENDO

 

VOU TOMAR CONTA DOS TEUS SONHOS

 

ESQUECIDO...

  Vou me esquecendo do que vou vivendo. Basta um dia e já não lembro... passou. O que fica, não tem mais a significância dos momentos vividos. O que segue é um amálgama distraído, rostos que se desfazem no tempo, despedem amores dores... a novidade de hoje é o esquecimento de ontem. Onde está guardado o manancial da vida, presença contínua sem recorte? lembrar-me-ei de mim neste turbilhão dissolvido? Seguirei sendo presença distraída, mente demente de um passado esquecido? Todas as reações Comentar Enviar Compartilhar Comente… Facebook Facebook Facebook Facebook

PRECISO DE VOCE

Me deixe um pouco de você... estivemos juntos,  estou só;  de você  naquelas poucas  palavras  que acalmam  minhas tempestades. Preciso de você  simples,  sem discursos,  vaidades.  Até de você muda  sinto falta... me perco  em tantas vozes desconexas,  neste mundo  a Deus dará... A tua compreensão  me é preciosa,  por favor  não se ausente  que assim morro. Preciso tanto  de tuas revoltas... mexem com minha  ancestral submissão.  Não consigo ser eu  sem você,  que preciso tanto... Venha enquanto é tempo,  caminhemos juntos  por campos,  terras devastadas,  porque é o que resta,  só assim consigo caminhar...