sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
REVELAÇÃO
quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
DISPERSO
Me oferecem tantos caminhos,
como se eu fosse um perdido.
Me inundam de tantas informações,
como se eu fosse um ignorante.
Me convidam a tantas aventuras,
como se eu nunca tivesse saído de casa,
da saia de minha mãe.
Acabei, por conta disso,
andando por vários caminhos,
sem chegar a lugar algum,
perdido que fiquei.
Me informei de tudo
e agora não sou especializado
em algo específico.
Nada acrescento de importante.
Procurei ir a vários lugares,
com os recursos que tenho,
e não finquei os pés
onde realmente precisava.
Ao final perdi o principal,
o apoio dos mais próximos.
Não alcancei o básico.
Muitos acabaram
mandando em mim.
Procuro-me,
e acho um pedaço aqui,
outra parte ali...
terça-feira, 21 de janeiro de 2025
SE NÃO FOSSEM AS MANHÃS...
terça-feira, 14 de janeiro de 2025
RESÍDUOS
Uma faca na gaveta,
a conversa cortada,
o lírio no jardim,
a aranha na parede.
Espera que não passa,
sonho que resiste.
Olhos vasculham
pedacos soltos da casa,
não se lembram.
Houve um tempo
em que tudo se ajustava,
as horas não passavam...
As fotos acendem luzes,
os óculos atrapalham,
as portas abertas
despedem-se do tempo.
Quando as estações voltarem
quem sabe cante
a esperança
desfalecida.
Vou como quem sabe
não haver volta,
decide seguir.
Hoje o Sol recusa
atravessar nuvens,
traz o cansaço do Sheol,
namora a impossível Lua,
escondida na Terra.
Gira gira gira, não alcança.
Também sigo
neste giro perguntando:
-Onde estás?
segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
PALAVRAS
quarta-feira, 8 de janeiro de 2025
ESQUECIDO
O amanhã
não aguarda o hoje,
esquecido do ontem.
Caminho como quem
não se sabe
e segue ermo.
O que guardarei
de mim,
de você,
de nós?
O que sei de mim,
que permanece?
Um dia após outro
se esvai desatento...
Já fui neto,
já fui filho,
sou pai e avô.
Hoje,
uma somatória de tempos,
apesar da idade,
traz este esquecimento
tão usual e constante.
Oh, condição humana,
lembrar-me-ei de Deus
quando me for
para o maior
esquecimento de todos?
Ou despertarei atento a tudo?
Lembrar-me-á a eternidade
deste frágil adormecer constante?
domingo, 5 de janeiro de 2025
PREOCUPADO
Onde está a chave?
Quando abriu portas?
Preocupa
o aposento
assento
sento,
sem rua,
nua,
encarcerado
crescente.
Preocupa
a paz
atrás
do espectro,
circunspecto
Não amar dói.
Como consegue
ser tão duro?
Como segue
imune a si
desprezo
que preza.
Preocupam-me
as rua perdidas
nunca encontradas;
não endireitam,
monolíticas,
estreitos
becos.
Não possuem
oceanos profundos,
furacões,
tsunamis.
Remam,
observam
o passado,
não aportam.
Preocupa ver seguir
como se tudo
fosse um nada.
PRISAO DO AMOR
Tenho um amor
prisioneiro de mim,
incapaz de libertar-se.
Tenho um amor
prisioneiro
das circunstâncias,
não há
o que exista,
seja feito
que o desnude.
Já não
o reconheço mais,
sequer identifico
sua existência,
tão profundas
as entranhas
que o prendem.
Está ali
à espera
de uma declaração
de incapacidade,
redescoberta de si,
que não vem.
Passam-se os dias...
Tenho um coração
incapaz de libertar-se
por si mesmo,
carente,
coração de rua,
perdido
no tudo,
insatisfeito
do mundo.
Amor que clama
por amor maior.
quinta-feira, 2 de janeiro de 2025
HORÁRIO INTERIOR
ANO VELHO/ANO NOVO?
RECOMENDAÇÕES PARA O ANO NOVO
ONDE TE ESCONDES?
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