Desculpem-me pelas palavras, são preciosas... cada qual guarda um universo em si.
Desculpem-me se as proclamo por vezes gratuitamente...ecoam diferentes nos ouvidos, poros de fins.
Guardam um silêncio anterior prestes a decifrá-las, e outro exterior, atento e vivo, ou enfadado, a depender do que trazem.
Tratam-nas de forma tão vil e vulgar, que muitas vezes saem empobrecidas de sentido e naturalmente rejeitadas.
Pobre de mim que mal escolho palavras, sofro por dizê-las, alegro-me quando transgridem, tornam-se vivas.
Sou antes e depois das palavras, sou o tempo delas.
Por isso atravesso o dia em silêncio, escolhendo-as antes de serem ditas, aguardando o momento, tão difíceis são de serem ouvidas.
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