Maré baixa, mar distante...
há dias que de tudo
me ausento,
assento
num ponto,
e ali permaneço,
hiberno...
O mundo que fique
com seus problemas,
eu com os meus,
já bastam.
Não sinto
a direção dos ventos,
a correria do entorno,
estorvo, estorno.
O Sol vem
e já me basta
o dia com seu calor,
em ausentar-me,
sem pudor,
voz dissonante,
vou calar-me.
E a Lua muda,
esconde-se
em suas ausências,
inocente que se faz.
...e como tudo
muda na vida,
de repente,
e uma ressaca
esquecida,
me faz voltar...
Assim vou...
da proa à popa,
definindo
ritmos,
compassos..
Minhas marés
levam e trazem...
Lá vou eu ali,
e outra vez,
aqui...
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