segunda-feira, 26 de maio de 2025

MARÉ BAIXA



Maré baixa, mar distante...

há dias que de tudo 

me ausento, 

assento 

num ponto, 

e ali permaneço,  

hiberno...


O mundo que fique 

com seus problemas, 

eu com os meus, 

já bastam.


Não sinto 

a direção dos ventos, 

a correria do entorno, 

estorvo, estorno.


O Sol vem 

e já me basta 

o dia com seu calor, 

em ausentar-me, 

sem pudor, 

voz dissonante,  

vou calar-me.


E a Lua muda, 

esconde-se 

em suas ausências, 

inocente que se faz.

...e como tudo 

muda na vida, 

de repente, 

e uma ressaca 

esquecida, 

me faz voltar...


Assim vou... 

da proa à popa, 

definindo 

ritmos, 

compassos.. 


Minhas marés 

levam e trazem...


Lá vou eu ali, 

e outra vez, 

aqui...

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