Procuro saídas
para meu coração.
Ninguém conhece
suas grandes prisões,
nem onde
estão enterradas
suas partes...
nunca morrem,
interrogam.
Há ali um braseiro
sob as cinzas do tempo,
preservam-se
no inevitável passar...
O portão que dá à rua,
preso a arames,
e o desafio dos nós,
demarca
educação e comunidade,
assim cresci.
Livros abrem-se e fecham
nas brechas do cotidiano,
convidam a repensar sempre,
a mesa e o mundo lá fora...
Braseiro oculto dos erros,
becos dos retornos...
neles deposito
velhas ansiedades
que ainda fumegam,
espocam.
A alegre
dependência
da infância,
descobertas diárias,
semore novas.
Ah...estes olhos
experientes
como doem
ao ensinar,
ao aprender,
preferia a ingênua
estrada do belo,
natural,
inconsciente.
Assim vou,
repartido
nesta somatória
desconexa
que se metabolisa
em identidade.
Até um dia
reunir escombros
com vicissitudes,
e apaziguar-me
enfim.
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