MOVIMENTOS

 


Abandonei-me...

deixei o barco 

seguir a corrente. 


Enquanto isso, 

observava quão vão 

eram as iniciativas 

de correção do rumo..


Porque vinham ondas 

de todos os lados, 

sacudiam todos os projetos...

eram como pesos 

jogados ao mar.


Apoie-me no que podia 

para não afundar.


Quando os ventos cessaram, 

e o tempo acalmou-se, 

pude sentir 

a brisa da esperança... 

era a chance 

de pegar novamente a vela, 

e conduzir-me.


Às vezes 

deixo levar-me 

durante as tempestades... 

às vezes, 

sigo como quero.


Não me apequeno, 

não me orgulho 

de nada, 

compreendo 

as grandes monções, 

e os longos desertos, 

e sigo como posso, 

conhecedor...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

PLEBISCITO POPULAR

O que escondo no bolso do vestido - Poema de Betty Vidigal