Interessante forma de democratização das informações: o grupo Ninja
Retirado do DIA
Lado ninja do protesto
Representante do grupo que ficou
famoso por suas transmissões ao
vivo das manifestações avalia os
atos no Rio e papel assumido de
denunciar abusos policiais
FRANCISCO ALVES FILHO
Rio - Eles vão às ruas com câmeras na mão e
uma ideia fixa na cabeça: mostrar as manifestações
das últimas semanas ao vivo e sem cortes. Há
quatro meses, essa tem sido a rotina dos jovens
integrantes do grupo Mídia Ninja (sigla de Narrativas
Independentes, Jornalismo e Ação). Suas transmissões
pela internet se tornaram uma espécie de canal oficial
dos protestos.
Os ‘ninjas’ correm risco ao usar seus iPhones em
meio ao conflito de policiais e manifestantes, com
pedras e balas de borracha voando. “Queremos
democratizar a informação”, diz Filipe Peçanha,
de 25 anos, o Carioca, que, apesar do apelido,
é mineiro. “O objetivo é mostrar o que as emissoras
de TV convencionais não mostram”.
Filipe, o Carioca, em ação, filmando policial com seu iPhone
Foto: Ninja / Divulgação
Além de divulgar as passeatas no Facebook, o grupo tem
ajudado a denunciar e evitar abusos policiais. Por isso,
a chegada de um ‘ninja’ ao local de protesto muitas vezes
é festejada. “Isso é um grande incentivo”, admite Filipe.
O sucesso vai das ruas à casa dos internautas. Nas manifestações
à frente do Palácio Guanabara, quinta-feira, a audiência
chegou aos 100 mil espectadores.
O Mídia Ninja nasceu em São Paulo, mas a atuação no Rio
é intensa. Carioca recorda seu momento mais tenso:
“Foi na final da Copa das Confederações, quando todos
ficaram encurralados, com as tropas da polícia avançando
e lançando bombas”.
Mídia Ninja, na ordem: Filipe Marçal, Bianca Buteikis, Bruno Torturra, Felipe Altenfelder e Thiago Dezan
Foto: Divulgação
Ele fez coberturas também nas manifestações paulistas
e identifica uma diferença importante para as passeatas
do Rio: “Aqui, os manifestantes têm Sérgio Cabral como
alvo. Em São Paulo, nada respinga em Geraldo Alckmin”.
Há representantes do Mídia Ninja em todos os estados do
Brasil. Com o sucesso das transmissões das manifestações,
muita gente tem se oferecido para ajudar o grupo. “Planejamos
criar uma rede de colaboradores ainda maior”, antecipa.
Começo foi no meio artístico
O grupo Mídia Ninja surgiu a partir do trabalho da Casa Fora
do Eixo, de São Paulo. Trata-se de um coletivo de artistas e
produtores culturais que atuam desde 2005. Para divulgar
os projetos, há quatro anos foi criado um núcleo de comunicação.
Depois de começar com transmissão de festivais e eventos
artísticos, o conteúdo passou a ser mais social.
Com a explosão das manifestações organizadas pelo Movimento
Passe Livre, no início de junho, o Mídia Ninja passou a ter seu
pico de audiência. A criatividade é a marca constante do grupo.
“Um de nossos equipamentos mais úteis é um carrinho de
supermercado com gerador, caixas de som, computador, câmeras,
microfone e mesa de corte” , revela Carioca.
De volta aos atos, mesmo depois de atingido por cinzeiro
Mesmo depois de ser atingido na cabeça por um cinzeiro que teria
sido arremessado do segundo andar do Copacabana Palace —
onde era realizada sábado de madrugada a festa de casamento
de Beatriz Perissé Barata, neta do empresário do setor de transportes
Jacob Barata — Ruan Martins Nascimento, de 24 anos, foi ontem
a um novo protesto que começou no Largo do Machado e terminou
em frente ao Palácio Guanabara.
Apesar de ter sido atingido na cabeça por cinzeiro no sábado, Ruan Martins foi ontem a um novo protesto
Foto: Márcio Mercante / Agência O Dia
Ruan disse que foi encaminhado no sábado para a UPA de Copacabana
e recebeu 12 pontos no ferimento. Ele ressaltou ainda que o
protesto seguia pacífico e a confusão começou quando alguns
convidados fizeram gestos para os manifestantes e jogaram notas
de R$ 20 na direção do grupo. “Não vi de onde veio (o cinzeiro).
Foi tudo muito rápido. Só me dá forças para ir a novas manifestações”,
destacou.
Em princípio pacífico, com manifestantes gritando palavras de ordem,
o protesto no sábado acabou em confusão. O Batalhão de Choque
usou bombas de efeito moral e spray de pimenta. Ninguém foi detido.
Manifestação em frente ao Palácio
Cerca de 300 pessoas protestaram, ontem, em frente ao Palácio
Guanabara, depois de caminharem desde o Largo do Machado.
Aos gritos de “Fora Cabral”, eles queimaram um boneco do governador
e ocuparam as duas faixas da Rua Pinheiro Machado.
Um manifestante passou mal e foi socorrido por bombeiros.
Homens da tropa de Choque do 2º BPM (Botafogo) fizeram
a escolta durante o percurso.
Manifestantes se reúnem de forma pacífica em frente à sede do governo
Foto: Márcio Mercante / Agência O Dia
A Casa de Saúde Pinheiro Machado, que fica em frente ao Palácio,
e foi invadida por manifestantes e o Batalhão de Choque na última
passeata, desta vez foi protegida por um ‘paredão’ formado por
policiais com escudos. “Os pacientes ficam tensos, porque nunca
se sabe o que vai acontecer aqui fora”, afirmou o enfermeiro
Antonio Crispin.
Mais cedo, 20 pessoas protestaram em frente ao Maracanã.
O grupo é contra a demolição do complexo esportivo formado
pelo estádio de atletismo Célio de Barros e pelo parque aquático
Júlio Delamare.
Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte, ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...
Nos feriados, a cidade de Ubatuba dobra o seu número de habitantes. Quando isso acontece, logo retiram os moradores em situação de rua, de seus locais, porque consideram que estes prejudicam a "imagem" da cidade. A questão é que os moradores de rua somente são lembrados quando são considerados prejudiciais à cidade. Não existe em Ubatuba uma política de valorização do povo de rua, capaz de diagnosticar o que impede eles de encontrar saídas dignas para suas vidas. Não existe sequer um local de acolhimento que lhes garanta um banho, uma refeição e uma cama. Saio toda semana para levar comida e conversar com eles. Alguns querem voltar a trabalhar, mas encontram dificuldade em conseguir, tão logo sabem que eles vivem na rua e não possuem moradia fixa. Outros tem claro problema físico que lhes impede mobilidade. Outros ainda, convivem com drogas legais e ilegais. O rol de causas que levaram a pessoa viver na rua é imenso, e para cada caso deve haver um encaminhamento de sol...
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