Pular para o conteúdo principal

Aceleração da vida social e política no país levará a uma recomposição de forças. (Fazendo um exercício de futurologia).

Não haverá mais o bloco monolítico e multicolorido para apoiar Dilma nas próximas eleições.

A polarização social estará levando, inevitavelmente ( para usar um jargão de Marina - a bonitinha), a uma recomposição de forças.

Os aliados atuais correrão para outros candidatos, principalmente os novos, onde não houve tempo ainda para serem fustigados em suas vidas, até acharem indícios de corrupção.

O PMDB será o primeiro a pular fora do barco, porque é o partido do tanto faz, se ganha ou se perde, pois sendo maioria, quem ganhar deverá cooptá-lo para o governo.

Provavelmente irá para quem estiver com melhores chances. E, cá entre nós, as chances de Dilma, hoje, são diminutas. O PMDB, irá para Aécio, ou Serra, ou o Governador do Pernambuco.

O PT, como partido, continuará crescendo, apesar de todo o desgaste por que passa. Ele tentará fazer uma composição à esquerda, coisa que praticamente havia esquecido, para não se esvaziar definitivamente, nas eleições majoritárias. Será obrigado a propor uma política econômica mais à esquerda, diferentemente do que fez nestes 10 anos.

Marina tem chances de se eleger presidente. Se isto ocorrer o Brasil entrará numa instabilidade semelhante a da era Collor, sem maioria no Congresso. Ela será fritada antes de um ano de gestão.

Aécio já se enveredou no radicalismo de direita, e está inevitavelmente condenado a ter confrontos sociais em sua gestão, caso ganhe.

O Governador de Pernambuco poderá aglutinar novamente a esquerda, mas o PT não desejará deixar o seu protagonismo.

Não está descartado o surgimento de candidatos do bolso do colete, numa surpresa reservada para ganhar com uma cara nova. Muitos candidatos foram lançados assim; já vimos este filme antes.




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Soneto de Dom Pedro Casaldáliga

Será uma paz armada, amigos, Será uma vida inteira este combate; Porque a cratera da ... carne só se cala Quando a morte fizer calar seus braseiros. Sem fogo no lar e com o sonho mudo, Sem filhos nos joelhos a quem beijar, Sentireis o gelo a cercar-vos E, muitas vezes, sereis beijados pela solidão. Não deveis ter um coração sem núpcias Deveis amar tudo, todos, todas Como discípulos D'Aquele que amou primeiro. Perdida para o Reino e conquistada, Será uma paz tão livre quanto armada, Será o Amor amado a corpo inteiro. Dom Pedro Casaldáliga

UM CORPO ESTENDIDO NO CHÃO

 Acabo de vir do Largo de Pinheiro. Ali, na Igreja de Nossa Senhora de M Montserrat, atravessa  a Cardeal Arcoverde que vai até a Rebouças,  na altura do Shopping Eldorado.   Bem, logo na esquina da igreja com a Cardeal,  hoje, 15/03/2024, um caminhão atropelou e matou um entregador de pão, de bike, que trabalhava numa padaria da região.  Ó corpo ficou estendido no chão,  coberto com uma manta de alumínio.   Um frentista do posto com quem conversei alegou que estes entregadores são muito abusados e que atravessam na frente dos carros,  arriscando-se diariamente. Perguntei-lhe, porque correm tanto? Logo alguém respondeu que eles tem um horário apertado para cumprir. Imagino como deve estar a cabeça do caminhoneiro, independente dele estar certo ou errado. Ele certamente deve estar sentindo -se angustiado.  E a vítima fatal, um jovem de uns 25 anos, trabalhador, dedicado,  talvez casado e com filhos. Como qualquer entregador, não tem direito algum.  Esta é minha cidade...esse o meu povo

Homenagem a frei Giorgio Callegari, o "Pippo".

Hoje quero fazer memória a um grande herói da Históra do Brasil, o frei Giorgio Callegari. Gosto muito do monumento ao soldado desconhecido, porque muitos heróis brasileiros estão no anonimato, com suas tarefas realizadas na conquista da democracia que experimentamos. Mas é preciso exaltar estas personalidades cheias de vida e disposição em transformar o nosso país numa verdadeira nação livre. Posso dizer, pela convivência que tive, que hoje certamente ele estaria incomodado com as condições em que se encontra grande parte da população brasileira,  pressionando dirigentes e organizando movimentos para alcançar conquistas ainda maiores, para melhorar suas condições de vida. Não me lembro bem o ano em que nos conhecemos, deve ter sido entre 1968 e 1970, talvez um pouco antes. Eu era estudante secundarista, e já participava do movimento estudantil em Pinheiros (Casa do estudante pinheirense - hoje extinta), e diretamente no movimento de massa, sem estar organizado em alguma escola,