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PAPA FRANCISCO NAS FILIPINAS

PAPA FRANCISCO NAS FILIPINAS
2015-01-18

Cidade do Vaticano (RV) – Neste domingo de manhã renovou-se a alegria 
do Encontro Mundial da Juventude vivido no Rio de Janeiro em 2013 em
 plena Copacabana. Desta vez, no outro lado do mundo, com os jovens
 filipinos, o Papa Francisco mais uma vez colocou a atenção para essa
 fase da vida convidando a  juventude filipina – e não só filipina, mas de
 todo o mundo - a aceitar os desafios da vida mantendo as convicções, 
defendendo o meio ambiente e dando atenção aos mais necessitados,
 em síntese: integridade, solicitude e cuidado.
O texto, - que não foi lido já que o Papa improvisou o seu discurso em 
espanhol -, foi entregue aos jovens e fala por primeiro sobre a integridade. 
Francisco instigou os jovens a não se deterem ao sentido negativo da 
palavra, exatamente porque “pode ser desafiada por interesses egoístas,
 pela ganância, pela desonestidade ou pela intenção de manipular os 
outros”, advertiu o Papa.
“O termo ‘desafio’  pode ser entendido também em sentido positivo.
Pode  ser  visto com  um  convite  a ser  corajoso,  a dar um testemunho
 profético  da  própria  fé e  de  tudo  que  se  crê  e considera sagrado. 
Neste sentido, o desafio da integridade é algo com que vocês precisam
 se confrontar nestes  tempos  e nas  suas  vidas”, completou.
O Papa prosseguiu seu pensamento alertando os jovens para a necessidade
 de se proteger o meio ambiente. “Não apenas porque as Filipinas, mais 
do que outros países, corre o sério risco de ser afetada pelas mudanças 
climáticas”, mas como cidadãos responsáveis e seguidores de Cristo, 
esclareceu Francisco. “O correto uso e gestão dos recursos naturais é 
uma tarefa urgente, para a qual os jovens podem contribuir de maneira 
particular e muito importante. Vocês são o futuro das Filipinas, demonstrem
 interesse por tudo o que acontece na sua belíssima terra”, exortou o Papa.
O terceiro e último – e mais importante – conceito que alicerça a reflexão de
 Francisco aos jovens é o cuidado aos pobres. Não importa se tem-se muito
 ou pouco a doar, “cada um é chamado a estender a mão pessoalmente e 
servir nossos irmãos e irmãs mais necessitados”, disse o Papa. “Há sempre 
alguém perto de nós que está em necessidade: material, psicológica ou espiritual.
O maior presente que podemos dar é nossa amizade, a nossa ternura e zelo, 
nosso amor por Cristo”, arrematou o Pontífice.
O momento que fez com que os olhos e os corações dos presentes se 
iluminassem como ocorreu com os olhos e o coração do Papa, foi quando
Francisco respondendo a uma pergunta de uma ex-menina de rua, falando
 em espanhol, convidou todo a aprender a chorar.
Somente com os olhos limpos pelas lágrimas poderemos responder à perguntas
 tão difíceis como esta: por que as crianças sofrem? 
Ao mundo de hoje falta chorar. Certas realidades da vida somente podemos 
ver com os olhos limpos pelas lágrimas. Aprendamos a chorar como ela nos
 ensinou. Se vocês não aprenderem a chorar vocês não serão bons cristãos”, exortou o Papa.
Ao responder outra pergunta apresentada pelos jovens sobre o excesso de
 informação nos dias atuais, Francisco disse que não precisamos de “jovens
 museus”, que detêm toda a informação mas não sabem o que fazer com ela. 
Para aproveitar as informações é preciso agir, disse Francisco, ao sugerir um 
novo trinômio: pensar, sentir, fazer. “Se a informação de nossa cabeça desce
 até o coração, ele se emociona, e vai para as nossas mãos, assim agimos”,
 reiterou Francisco. “Não jovens de museu, mas jovens sábios. Para ser sábio, 
usar as três linguagens. Pensar bem, sentir bem e fazer bem e deixar-se 
surpreender pelo amor de Deus”, completou Francisco.
O terceiro testemunho, de um jovem estudante que junto com seus amigos criou 
um sistema de iluminação para os atingidos pelo furacão Yolanda, inspirou o 
Papa a dizer que precisamos aprender a amar. “É mais difícil deixar-se amar
 do que amar, por isso é tão difícil chegar ao amor perfeito de Jesus”, disse 
Francisco, ao recordar a parte do Evangelho de Mateus na qual Cristo o amou.
A realidade de vocês é superior a todas as ideias que eu havia preparado”, 
concluiu o Papa.

Chorar, não ser jovens de museus e dar testemunho. Papa Francisco nos convida
 mais uma vez a sair do eu para entrarmos no nós e vivermos a juventude com amor, 
aprendendo verdadeiramente a amar e deixar-se amar. (RB-CM-SP)

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