Pular para o conteúdo principal

Sudão do Sul: três mil meninos soldados devem ser libertados


Unicef anuncia uma das maiores desmobilizações dos últimos anos graças a um pacto com um dos exércitos rebeldes
Por Redacao
MADRI, 29 de Janeiro de 2015 (Zenit.org) - A Facção Cobra do Exército Democrático do Sudão do Sul (SSDA), liderada por David Yau Yau, fez um pacto com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para libertar cerca de três mil crianças soldados de 11 a 17 anos. Nesta terça-feira, um primeiro grupo de 280 menores já foi libertado. Trata-se de uma das maiores desmobilizações de crianças soldados nos últimos anos, conforme comunicado da organização.
Os menores entregaram as armas e uniformes durante um ato realizado na localidade de Gumuruk, no estado de Jonglei, com a participação de membros da Comissão Nacional para o Desarmamento, Desmobilização e a Reintegração do Sudão do Sul e da Facção Cobra.
No mês de fevereiro, o grupo armado libertará de forma gradual as outras crianças, usadas como combatentes durante mais de quatro anos. Muitos desses menores nunca foram à escola.
"Esses meninos foram obrigados a fazer e ver coisas que nenhuma criança deveria experimentar jamais", lamenta Jonathan Veitch, representante da UNICEF no Sudão do Sul. "A libertação de milhares de crianças requer uma resposta massiva para proporcionar o apoio e a proteção de que essas crianças precisam para começar a reconstruir a sua vida".
Os menores libertados pela Facção Cobra receberão serviços básicos de saúde e proteção, assim como alimentos, água e roupa. Também estão sendo estabelecidos programas de apoio psicológico, assessoramento e métodos de educação e formação profissional.
A organização trabalha para reunir as crianças e suas famílias e evitar que haja novos recrutamentos. Só em 2014, mais de doze mil menores foram recrutados pelas forças armadas do Sudão do Sul, destacou o UNICEF.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Soneto de Dom Pedro Casaldáliga

Será uma paz armada, amigos, Será uma vida inteira este combate; Porque a cratera da ... carne só se cala Quando a morte fizer calar seus braseiros. Sem fogo no lar e com o sonho mudo, Sem filhos nos joelhos a quem beijar, Sentireis o gelo a cercar-vos E, muitas vezes, sereis beijados pela solidão. Não deveis ter um coração sem núpcias Deveis amar tudo, todos, todas Como discípulos D'Aquele que amou primeiro. Perdida para o Reino e conquistada, Será uma paz tão livre quanto armada, Será o Amor amado a corpo inteiro. Dom Pedro Casaldáliga

UM CORPO ESTENDIDO NO CHÃO

 Acabo de vir do Largo de Pinheiro. Ali, na Igreja de Nossa Senhora de M Montserrat, atravessa  a Cardeal Arcoverde que vai até a Rebouças,  na altura do Shopping Eldorado.   Bem, logo na esquina da igreja com a Cardeal,  hoje, 15/03/2024, um caminhão atropelou e matou um entregador de pão, de bike, que trabalhava numa padaria da região.  Ó corpo ficou estendido no chão,  coberto com uma manta de alumínio.   Um frentista do posto com quem conversei alegou que estes entregadores são muito abusados e que atravessam na frente dos carros,  arriscando-se diariamente. Perguntei-lhe, porque correm tanto? Logo alguém respondeu que eles tem um horário apertado para cumprir. Imagino como deve estar a cabeça do caminhoneiro, independente dele estar certo ou errado. Ele certamente deve estar sentindo -se angustiado.  E a vítima fatal, um jovem de uns 25 anos, trabalhador, dedicado,  talvez casado e com filhos. Como qualquer entregador, não tem direito algum.  Esta é minha cidade...esse o meu povo

Homenagem a frei Giorgio Callegari, o "Pippo".

Hoje quero fazer memória a um grande herói da Históra do Brasil, o frei Giorgio Callegari. Gosto muito do monumento ao soldado desconhecido, porque muitos heróis brasileiros estão no anonimato, com suas tarefas realizadas na conquista da democracia que experimentamos. Mas é preciso exaltar estas personalidades cheias de vida e disposição em transformar o nosso país numa verdadeira nação livre. Posso dizer, pela convivência que tive, que hoje certamente ele estaria incomodado com as condições em que se encontra grande parte da população brasileira,  pressionando dirigentes e organizando movimentos para alcançar conquistas ainda maiores, para melhorar suas condições de vida. Não me lembro bem o ano em que nos conhecemos, deve ter sido entre 1968 e 1970, talvez um pouco antes. Eu era estudante secundarista, e já participava do movimento estudantil em Pinheiros (Casa do estudante pinheirense - hoje extinta), e diretamente no movimento de massa, sem estar organizado em alguma escola,