Teu corpo frio
atravessa a noite.
Indiferencas
e ânsias
chocam-se
diante do altar.
Respeito
aparente
viagem
solitária.
Teu lado oculto
de dormir
desperta
grilos vorazes.
Ignoras
quão íngreme
montanha
escalo
a cada noite?
Viajo
a antigas plagas,
versos impróprios,
solto impropérios
para encontrar
o regato perdido
onde desejos
misturam-se
a pecados.
Perco-me
em tempo
e espaço...
Solte os freios
da escura noite,
lembre-se,
ninguém ouve
os murmúrios
degredados
nas cobertas.
Desperta, amor
de tua solidão...
Venha banhar-se
na mansidão
dos corpos
antes
que amanheça,
tudo desapareça...
Todos dormem...
Lembre-se
a aurora
está prestes
a apagar
os versos
deixados
onde possas
me encontrar...
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