Ao final
tudo é derradeiro,
desemboca
na mesma foz.
Ser feito assim,
ou assado,
tem sua verdade
até a consumação,
quando percebemos
o mesmo destino
dos opostos..
O rio corre para o mar...
as nuvens passageiras
se vão...
capturo logo
o sentido dos ventos
no afã invisível
dos movimentos,
peixes em corredeiras,
aves longínquas
apreciam campos
íngremes escarpas.
Vou como quem vê o fim
e não se importa,
marco a presença
dos pés na terra,
e percorro...
Depois vejo
o que ficou,
se fincou âncoras,
adernou-se
no caminho.
Depois vejo
se cresceu,
emudeceu,
ou transformou.
Arranco do fundo
das entranhas
a enzima da vida,
corrida,
escorrida,
e a prendo
entre os dentes,
cerrados.
Onde vou dar
neste mar,
é um dilema
pouco meditado
da busca
de um diadema oculto,
em algum lugar
Observo o balanço
dos acontecimentos,
como uma gangorra,
ora vento em frente,
ora atrás...
e sigo essa aventura
chamada vida,
que nunca tem tempo,
lugar,
até encontrar
o oceano imenso
à espera,
e cumprimento, onde vai dar
Comentários
Postar um comentário