O tempo
a ruga no rosto.
O tempo
a consciência na mente.
O tempo
que não mente.
Olho no espelho
o passar do tempo
e contemplo
o relógio da vida.
Sou as velhas badaladas,
de um relógio,
que ecoam
nos vales interiores
interrogando porquês,
sedimentando sabedoria.
Um filtro
apura os sentimentos,
pernoita na realidade.
Imensos portais
cuidam feridas
sempre abertas:
Porque fiz assim?
Porque não fiz assado?
Meus pés
são reflexões tardias,
lições para hoje
Aceito-me como sou,
com as marcas do tempo
servindo como ungüento,
nesta caminhada sem fim.
Sigo como quem
não vê a morte,
mas ciclos
melhor observados,
e aguardo partilhas de saídas...
Nada termina...
não há fim...
há o descobrir o novo
esperando realizar-se;
há viver e isto basta
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