Conflito em pesquisas para Presidência, expõe disputa acirrada

As pesquisas Sensus, de um lado e Data Folha, de outro, parecem reproduzir, a luta política e ideológica que começa a se desenrolar na disputa para a Presiência da República. A oposição do PSDB argumenta que a Sensus induziu respostas, vinculando o nome de Lula ao de Dilma. Já a situação considera que o Data Folha inflou o número de entrevistados no Estado de São Paulo para favorecer a campanha de Serra.
Acrescente-se a isso uma propaganda da Rede Globo de comemoração de seus 45 anos de existência, em que se repete um "queremos mais", semelhante ao jingle do candidato José Serra. Foi retirada a propaganda. A desconfiança é grande. É uma verdadeira guerra por espaços, com ações e interpelações judiciais, que vão agregando pimenta à campanha. E os candidatos Dilma e Serra(porque a campanha está dualizada)? Bem, eles não entram nesta rinha preservando suas respectivas imagens de bons meninos e meninas, deixando para o pelotão de choque falar aquilo que os cala.
Um fato vem à tona: O candidato José Serra não está batido, como se acreditava que o rolo compressor da aprovação do Presidente Lula faria, nem a candidata Dilma está aproveitando o potencial de aprovação presidencial.
Ciro Gomes parece que sumiu, não se apresenta, e vai esvaindo-se pelo caminho. É um candidato respeitável, que muitos gostariam que fincasse os pés na campanha sem desistir. Parece que vai, mas aos trancos e barrancos. Já a candidata Marina está misturando natureza e conversão evangélica; com isto está afastando os ambientalistas e os católicos de sua campanha. É a impressão que se tem. Psol, está saindo dividido, com Plínio, e sem a Heloisa Helena que tem simpatia pessoal, não partidária por Marina. Esta divisão impede uma união da oposição de esquerda se unir num único palanque(Psol, Pstu, Pcb).
O movimento sindical, acumulando forças a décadas, mostra a cara num Conclat que deve acontecer no primerio semestre, posicionando-se na partida eleitoral, com Lula e Dilma. A grande imprensa, amedrontada com as Conferências de Comunicação, de Direitos humanos, etc vai se colocando na oposição ao governo.
A Igreja Católica, coitado de mim, não consegue respirar, devido ao mar de pedofilia, que fez o Papa chorar e dizer que a Igreja está ferida. Está escanteada, em termos e posição mundial, esperando passar esta maré tão ruim. Quem está em pastorais, não está nem aí, e continua suas missões, porque sabem que sempre foi assim e continuará a ser, a errar e acertar, ao mesmo tempo em que é perseguida.
E Deus em tudo isto, estará Ele ausente desta situação? De forma alguma. É preciso dizer à candidata Marina, que Deus tocou Dario, rei estangeiro, e abandonou muitos reis hebreus, quando viu seu nome ser esquecido ou usado por outros interesses que não o de seguir sua vontade.
A candidata Dilma, que era agnóstica, teve uma luta contra o câncer, que deve tê-la feito pensar melhor esta questão, porque Deus é Deus de vida, Senhor da vida, e parece que ela deve ter feito lá suas reflexões, não sei até onde chegou, Deus sabe. Já o Candidato Serra é Católico de nascimento, não tanto quanto o Geraldo Alkimin, e provavelmente deve ter um apoio da Igreja para ele, não explícito, mas organizado e disseminado na hierarquia, até as bases. É o que penso, posso me enganar.
O certo é que Deus escolherá quem deve vencer estas eleições, seja para o nosso bem, seja para o mal, dependendo de como o povo brasileiro está se comportando em sua humanidade para com seus próximos. Somos merecedores de um governo de paz e prosperidade? Fizemos a lição de casa como nossos irmãos necessitados? ou nos fechamos no egoísmo e acumulamos riquezas "que a traça roe". Com Deus não se brinca, nem se engana. Não estou fazendo nenhuma figuração de um Deus perseguidor, mas de um Deus que vê, tem opinião, e age, gostem ou não os que O ostentam apenas nas paredes.
Vamos pedir misericórdia, jogar cinzas sobre nossas cabeças, e reconhecer que muito tem que ser feito, para garantir um país mais igualitário, de oportunidades amplas para as diversas camadas, raças, e grupos minoritários. Dizer que o Presidente Lula ajudou a melhorar as condições de vida do povo, é certo, mas tem muito, muito, muito ainda por ser feito.
Os dois candidatos mais expressivos querem pegar esta herança e melhorar. Ninguém quer voltar ao período anterior a Lula. Vamos ver como vai caminhando a campanha. Neste blog, ficaremos abertos, sem nos posicionarmos, porque desejamos ver fluir a livre consciência, sem nossa opinião pessoal, é mais democrático, no momento. Mais para frente quem sabe a verdade vai ficando mais à mostra e o povo se decida considerando todos os fatores prós e contras.

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