Durante a primeira missa de início da quaresma, na igreja onde participo no ministério de música, tive a oportunidade de apenas assistir a mesma, pois o coral fez um belíssimo acompanhamento da santa missa.
De olhos fechados, entronizado na celebração, tive a impressão de ver, no escuro da mente, somente um outro sacerdote sobre o altar, e dois pequenos querubins no ar, sorrindo alegremente( o sorriso me foi um sinal, pois rompe minha sizudez).
O sacerdote possuia a vestimente de um bispo, com aquele chapéu alto, duplamente oval. Passada a quaresma, hoje tive a oportunidade de comentar a visão com o meu pároco. Pareceu-me que ele recebeu bem, não me viu tão louco, como pareço ser.
- Deve ser um bispo, João Paulo.- Retruquei-lhe, que ainda que parecesse loucura, tinha de dizer-lhe sobre esta visão, porque não acho que uma visão deva ser guardada em silêncio.
Conto este fato para que não tenhamos vergonha de falar destas coisas interiores, que aparentemente não tem nada a ver com a vida, mas que na verdade fazem parte de um caminho escuro e desconhecido onde nosso interior se coloca em sintonia com algo superior, do qual não temos controle, mas ao contrário, somos controlados, e só nos ocorrem quando desejam. E ainda que isto possa ser visto como coisa para não se levar a sério( penso que em todas as igrejas deva haver o mesmo desdém), falem, instiguem.
À noite, cabeça no travesseiro, medito:
- Senhor, entrego minha mente para que a use como quiser, relâmpagos e mansidões, tremores e jardins superiores. Mostre-me a Tua vontade, rompa o véu que nos separa, e venha como quiser, porque aguardo ansiosamente que me digas algo, faças algo. Até teu silêncio me é precioso. Sou teu.
De olhos fechados, entronizado na celebração, tive a impressão de ver, no escuro da mente, somente um outro sacerdote sobre o altar, e dois pequenos querubins no ar, sorrindo alegremente( o sorriso me foi um sinal, pois rompe minha sizudez).
O sacerdote possuia a vestimente de um bispo, com aquele chapéu alto, duplamente oval. Passada a quaresma, hoje tive a oportunidade de comentar a visão com o meu pároco. Pareceu-me que ele recebeu bem, não me viu tão louco, como pareço ser.
- Deve ser um bispo, João Paulo.- Retruquei-lhe, que ainda que parecesse loucura, tinha de dizer-lhe sobre esta visão, porque não acho que uma visão deva ser guardada em silêncio.
Conto este fato para que não tenhamos vergonha de falar destas coisas interiores, que aparentemente não tem nada a ver com a vida, mas que na verdade fazem parte de um caminho escuro e desconhecido onde nosso interior se coloca em sintonia com algo superior, do qual não temos controle, mas ao contrário, somos controlados, e só nos ocorrem quando desejam. E ainda que isto possa ser visto como coisa para não se levar a sério( penso que em todas as igrejas deva haver o mesmo desdém), falem, instiguem.
À noite, cabeça no travesseiro, medito:
- Senhor, entrego minha mente para que a use como quiser, relâmpagos e mansidões, tremores e jardins superiores. Mostre-me a Tua vontade, rompa o véu que nos separa, e venha como quiser, porque aguardo ansiosamente que me digas algo, faças algo. Até teu silêncio me é precioso. Sou teu.
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