ENTRE O SER E O NÃO SER


Talvez eu não seja mais o mesmo.
Talvez os olhos
não amanheçam tanto,
e o novo tenha envelhecido .

Não sei...

Algo aconteceu e não entendo...

Não foi proposital.

Quem sabe?

Algo sem gosto
se impondo
sem que desejasse.

Vá lá!

Assim a ácida crítica
se esmera dos doces regatos
que serpenteiam
a multidão silenciosa.

Nesta, o lamento e o discurso
andam em desacordo,
sem encontro
e expressão.

Nada palpável
tudo em desacordo.

...e essa impressão de não ser
mais o mesmo incomoda até as palavras.

Não sei se estou sendo claro...

29/06/2020
12H15

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

PLEBISCITO POPULAR

O que escondo no bolso do vestido - Poema de Betty Vidigal