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O Brasil sob Bolsonaro

Sinto que pretendem impor uma camisa de força ao país, como se estivesse enlouquecido.

Nem está enlouquecido, nem é necessária a camisa de força.

Mas, de ambas estamos próximos.

O Brasil, regido pelo capitalismo neoliberal, acostumou-se a se banquetear em individualismo, com suas variantes, o egoísmo, o elitismo, o consumismo, a corrupção,...

Antes de chegarmos a este isolamento epidêmico do covid19, já praticávamos outro pior: O isolamento humano.

E nele permanecíamos, como se tivéssemos chegado ao cume da humanidade.

Nada mais falso.

Em resposta, vários segmentos foram se dando conta da necessidade de se proteger, e formaram grupos de todo tipo. Formariam de qualquer jeito, mas este fator também contribuiu.

E seguíamos neste contexto, exclusivista, de um lado, e, protecionista, de outro.

O estranho a tudo isto, foi o fedor resultante do rescaldo social, beirando a política, sem alterá-la, e alimentando-se de uma concepção de que somente a violência e o poder absoluto, de cima para baixo, somado a uma crença da prosperidade, e a escolha do deus mercado poderiam por o país de volta aos trilhos.

Isto produziu um tipo fétido, arquétipo do demônio, como solução.

E passou...a maioria pensou haver aí a saída.

Passados pouco mais de um ano, a maioria já se deu conta do erro, mas o mal já estava feito, e cresceu com o apetite em destruir tudo o que encontrava pela frente, voraz e irracional.

Este o perigo.

Atingiu brutalmente os mais elementares conceitos que aprendemos a respeitar: a DEMOCRACIA.

Agora, não se visualizamos saídas.

Todas levam a um beco.

Por outro lado, não temos como permanecer do jeito que está.

Como diz o ditado popular, "se ficar o bicho pega, se correr o bicho come".

É como nos encontramos. 

Então lutemos, mesmo com esta falta de opções, acreditando no poder do povo brasileiro de resolver seus problemas.

Criatividade política é do que precisamos agora, para sair da epidemia fascista

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