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Mostrando postagens de fevereiro, 2025
#39 Entrelinhas Vermelhas | Um mês de Trump e o papel geopolítico da China
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POR HORA...
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Vou deixar este momento para você. Momento de leitura desinteressada e morna. O quando, pode ficar impregnado de vida, e retirá-lo deste estado letárgico inconsciente em que deitas o dia, e sombras disfarçam a realidade. Tão simples é o segredo, que pode alavancar teu ser, dos velhos horários das camas eternas. Dê-se a oportunidade de ser, estique as velhas dobras em que foste embrulhado como a um presente para a ordem.. Porque tudo está à mão, tudo pode acontecer. Importa o permanente despertar. Importa caminhar surpreso com a verdade do dia o mistério da noite. Pertenço a mim, montanhas, abismos e planícies. Pertenço ao mundo, sou mundo Pertencimento múltiplo desconhecido.
UM DIA...
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Um dia tudo se apaga. Os aromas e sabores que permearam o caminho perderão sentido. A grande busca terá enfim sua descoberta. Não mais serão necessárias tantas noites despertas, tanta reflexão no abismo profundo do ver-se. Não mais as grandes prisões do amor, a esperança dizendo a si mesma que pode. Data derradeira entre a crença e a morte, data póstuma oculta e revelada. Quem sabe os lírios se abram enfim, e proclamem a eternidade do belo no agora, quem sabe estávamos mortos e não sabíamos, quem sabe o novo saia do invólucro, renasça Importa caminhar ermo, encontrar este e aquele, importa amar, este frágil elo que tudo sustenta, divertir-se dos passos, dos saltos, das quedas, e esperar, como se tivesse de se apresentar em algum grande tribunal...
FINAL DA NOITE
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Como temos sobrevivido meu amor... um mundo que não nos entende, nos leva em mar tempestuoso, jogando o barco de um lado ao outro. Queria a mansidão dos jardins dispersos fora dos trajetos, e só encontro o tempo comprimido. Sobrou o fim da noite para nosso silêncio. Sobrou a sobra, quase nada para nós. Sobraram sonhos perdidos no desencontro diário. Ainda assim sobrevivemos nas confidências guardadas no outro lado dos montes onde o Sol descansa extenuado do homem e da mulher. Peço não se perca este pouco que ainda resta no pouco que somos do pouco que temos. Somos assim, acamados noturnos, assim seguimos... Curtir Comentar Enviar Compartilhar
Vinicius de Moraes e Baden Powell Samba em Prelúdio
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Vinicius de Moraes - Dia da Criação (Porque hoje é sábado)
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EQUAÇÃO
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Enquanto estou por aqui decifro uma equação que não fecha. O sonho não bate com a realidade, o amor afoga-se nas instituições, os caminhos tendem a ser os mesmos, encontramo-nos em diferentes solidões. Enquanto estou aqui estranho muito a combinação do belo com a dor. Deixo um rastro de esperança e uma alegria guardada do fardo diário. Depois dos passos, me olho para ver quanta força ainda reuno, e sigo em busca de um resultado, para esta equação que não fecha. Quem sabe tudo esteja aberto e eu lógico, quem sabe o uivo dos lobos transcendam enfim as montanhas e alcancem os roseirais do jardim de casa em minha infância.
A POESIA COMO EXPRESSÃO DE HUMANIDADE
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As ditaduras são secas, de pouca conversa, preferem bocas fechadas. Quando falamos, saímos de dentro para dizer, o que somos, o que pensamos, o que desejamos. Abre-se, então, a dimensão da vida como ela é. Este sair possui várias formas de expressão, e a poesia é uma delas. Ela provém de uma fonte indefinida onde a dor, a fome e a exclusão ainda não se metabolizaram em palavras, estão aí em estado latente, no caldeirão da vontade, em ebulição. A poesia decifra os meandros do dia a dia, os espaços apertados da sobrevivência, os pratos vazios da ordem, e aponta diretamente ao coração o alento e a clareza necessários para manter a esperança acesa. Nem sempre é bem vinda, porque a rudeza da vida atinge a todos, mesmo aos esclarecidos, nem sempre abertos à sensibilidade necessária para interagir com quem sofre. Ela rompe as barreiras gerais e abre um diálogo íntimo entre o eu e o nós. Descobre as partes ocultas de quem sofre e as desnuda, conscientiza. A humanidade não dese...
AVAL AO CARNAVAL
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Que o confete se prenda aos cabelos por muito tempo, escondido de todos, e a serpentina interligue mais que as redes, divulgue apenas alegria. Que o bloco seja da felicidade, e o Samba Enredo, o Hino Nacional, por alguns dias. Será o encontro das raças, e da fé na paz, sem religiões, com todas as religiões. Que as cores readquiram seus verdadeiros realces, enterrem o cinza diário e o beijo deixe de estar oculto, espremido nos lençóis, mas livre, na claridade do dia. O pecado não mais será pecado, e os cumprimentos sejam inesperadas juras de amor. Não mais se marchará... tornar-se-ão passes novos de danças, ritmos originários. A realidade desfazer-se-á, finalmente, em fantasia possível e esperada. Os caminhos serão todos, os encontros...
DECADÊNCIA
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de Raul de Leoni Afinal, é o costume de viver Que nos faz ir vivendo para a frente; Nenhuma outra intenção, mas simplesmente O hábito melancólico de ser… Vai-se vivendo… é o vício de viver… E se esse vício dá qualquer prazer à gente, Como todo prazer vicioso é triste e doente, Porque o Vício é a doença do Prazer… Vai-se vivendo… vive-se demais, E um dia chega em que tudo que somos É apenas a saudade do que fomos… Vai-se vivendo… e muitas vezes nem sabemos Que somos sombras, que já não somos mais Do que os sobreviventes de nós mesmos!…
Verão quente no sudeste e sul do Brasil
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Incêndios em edifícios, fábricas, campos e até nos celulares. Paradoxalmente, pneumonia nas pessoas, complicando principalmente a vida dos idosos. Este tem sido o verão das regiões sudeste e sul do Brasil. A maioria das pessoas considera anormal a situação, mas nem todos identificam nisto como parte das grandes alterações ambientais pelo qual o mundo passa. Estamos nos destruindo e não temos unanimidade quanto as melhorem ações a serem implementadas. Deixamos uma imagem de ineficiência diante de um conglomerado de problemas ambientais.
DEPOIS DO AMOR..
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Tanto tenho me despedido, que de repente fiquei só! Não quis que assim fosse, mas o tempo foi roubando um a um, até que se foram todos. De início, não me dei conta, continuei como se ainda estivessem, distraído que era. Com alguns mantinha pouco convívio, outros mais; somado aos projetos de vida que me ocupavam, a vida foi seguindo em frente. Interrupções fortes, no entanto, fizeram-me perceber o quanto faziam parte de mim, pela primeira vez chorei. Foi gerando em mim, uma sensação de abandono, existencial, em meio a multidão que nada percebia, seguia adiante. Hoje tenho consciência de estar só: eu comigo mesmo, acompanhado, apanhado na solidão Agora, os dias passam sem eles... Olho para o Sol e me ofusca a claridade. A Lua anda escondida de mim, não me namora mais, canta trovas, nem recita mais canções de amor. Vou seguir meus dias até desaparecer... nesta transitória passagem inútil . Sorrisos, lágrimas, grandes ações, poder... tudo perde importância no decorrer do percurso. Es...
ENTARDECER
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Ao por do dia guardarei um silêncio de agradecimento; responde mais que mil palavras dispersas na surdez do mundo. Direi de minha desatenção, apesar do grande esforço do tempo acumulado. O pouco será suficiente para o tanto a ser feito? A vida escorre em semiconsciência entre saber e desconhecer-me. Não sou quem procuro, desconhecido de mim. Sim, a alegria é gratuita, mas a vida tem seu preço. Vou guardar silêncio em respeito ao eu que nunca nasceu, e ao outro, póstumo vivo. Que celebrem o desencontro.
PROCLAMAÇÃO OCULTA
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Quero deixar claro minha profunda escuridão. Busco e rebusco, tateio muito, solitário, antissocial. Encontro poucas respostas, mal sei se explicam algo, sei que continuo com minha insatisfação. Interrogo-me sempre, o tempo me faz desconhecer tudo, destruir preconceitos, ficar nu... amigo das descobertas. Achego-me à beleza à natureza como perfumes, aromas de vida, nesta dura caminhada de dores e mortes... Por enquanto discirno as intenções e marco presença próximo aos pequenos. Não venham me matando aos poucos, estou atento às intencionalidades, vivo oculto, estudando cores, suas variações. Hoje peguei-me colorido, amanhã cinza, depois não sei, conheço fisionomias
RECOMENDACOES NAS PASSAGENS DE ANO
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Vou me guardar um pouco nesta passagem de ano. Respeitar o tempo que se acumulou em mim, e se esvai assim que vem. Guardar-me dos sonhos impossíveis, eu que sonho tanto, para não decepcionar-me, mas sem destruí-los... são os mais verdadeiros. Guardar-me da frigidez, e seja eu sempre meio imperfeito meio excitado, de quando em vez. Guardar-me dos meus limites constantemente batendo nas arrecifes, ondas nas rochas da fé e do conhecimento. Guardar-me do passado, permanentemente refeito em descobertas presentes; e do futuro, esquecido no agora. Guardar-me do desamor, tão fácil e corriqueiro, na busca do amor, tão difícil, crítico de mim. Ah...o ano que se vai, que vá logo, fique para trás, porque vejo e ainda busco vida escondida nos olhos, nos livros, na caneta, papel...
DOMINGAR
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Domingo é dia da institucionalização da preguiça, tão perseguida pelo capital. Dia de não se fazer nada, não desejar nada; se for o caso passear por passear, sem recitar. Os poemas dormem nos domingos, porque os leitores, que se cansam fácil; neste dia então, nada leem. Ah...não ter de escrever, de declamar, rimar. Há um tédio neste nada. Do que será? O que se produz tem um limite, e este limite termina no nada, e o nada, o limite do nada, é um tédio da inutilidade de tudo, descoberta inconsciente profunda. Ah domingo das velhas cavernas ancestrais, que evocam longas contemplações do por do Sol, das estrelas noturnas. Descanso na realidade do vazio de si.