Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2025

ABRIGO

  Guardo escondido  um abrigo,  deste mundo.  Colhe dúvidas  do grande percurso,  busca razões. Enquanto não explicam  distraem-se nas paisagens do tempo.  buscam lógicas explicações. Outras perdem-se em incômodas dúvidas,  interrogam.... Outras fluem aquáticas,  pororocas na boca,  satisfeitas... Um outro abrigo,  escondo ainda,  de mim próprio,  mais profundo...  Deste nem elaborei perguntas...

7 DE SETEMBRO OU 04 DE JULHO?

 O Brasil está se tornando um país surrealista. Os fascistas fizeram uma manifestação na data de nossa independência, e estenderam uma bandeira norte americana em que, só a largura, ocupou todo o espaço das duas vias da avenida Paulista. Somaram mais de 40.000 pessoas, provavelmente financiadas com lanches, ônibus e algum dindin do empresariado entreguista de São Paulo Tendo a pensar que sejam desejam ser anexados pelos EUA, e estejam clamando a Trump que invada nosso território nacional para tornar nossa terra mais um estado norteamericano.  Afinal Trump já enviou uma frota com submarinos, fragatas e até jatos  no seu afã sequioso de poder para a América Central provocando e esperando que alguém caia na provocação... Estamos confiantes de que a maioria do povo brasileiro ainda tenha discernimento de escolher a democracia em lugar do fascismo em 2026.

CLAMOR OCULTO

  Sou um carente,  preciso de gente. Procuro quem me ouça   que seja um instante,  porque estou só... só de humanidade. Talvez outros sejam mais carentes,  passem por maiores dificuldades. O afago falta,  nos deixa vulneráveis,   o desprezo mata. Se alguém ouvir e vier  poderemos trocar  nossas dores  disfarçadas de amores. Alguém está ouvindo?

SINTÉTICO

   Tenho me detido  por trás das palavras,  no meio delas... a ponto de perder o sentido,   em múltiplas escolhas. Passo o tempo  decifrando sentidos ocultos  nas superfícies das letras  e suas músicas invisíveis.  De quando em quando compreendo  mais o gorjear  dos pássaros  que a inundação de verbos inodoros  sobre o dia de sobrevivência.  Cada vez falo menos,  carrego junto a alegria. Admiro os mudos, falam mais  Busco ser sintético

Passando o Olhar...

  Ainda posso encontrá-la no tempo. Se passou,  lá vivemos,  jamais nos esquecemos. Também posso vê-la a frente; se chegar,  poderei experimentar,  modelo permanente de convívio. Melhor vê-la agora,  assim, deitada ao lado,   em sua sinuosidade silenciosa. Melhor amá-la além palavras,   respiro vida.

SER OU NÃO SER

  Os espaços que busquei,  não vieram...  os que não busquei, sim. Construi um edifício  que me foi dado,  outro está nos alicerces. Procurei por Deus  e tenho a sensação  de não ter nem mesmo  limpado o terreno,  de repente, ei-lo presente Os amores que surgiram,  voos cegos,  geraram desejos insólitos,  além convivio,  terreno onde finquei a paz.  A morte que evitei,  porque sob o Sol não vejo além,  está sempre presente,  como fiel escudeira.  O caminho parece longo,  inalcansavel,  cada trecho parece um fim. Assim vou  nas reentrâncias da vida,  encontrando-me  enquanto me perco, sendo o que não sou,  não sendo o que sou

LIMITES

  Vou cultivando meus senões,  reconhecendo  a ausência de respostas,  perguntas a formular. Interrogações  caminham distraídas  na existência. Cultivo entrópico,  acrescenta  permanentes  ambiguidades,  corrije rotas. Não existem sustentações... terreno alagadiço  dos limites  da compreensão. Melhor o conforto  das grandes rotinas,  trajetos conhecidos. Melhor incorporar as dúvidas aos passos. Os dias, por si só,  recobrem de importância  o nada que afoga,  amainam. Fica um pouco  da inconsciência  que alenta a vida,  enquanto transporta  os limites do tatear

EM TEMPO

  O passado é uma porta entreaberta. O futuro, o inííício de uma claridade,   O presente um palco de representações Sou memória! Sou esperança! Sou ação! O passado é um valor acumulado  O futuro é um norte de perseverança,  O presente é como realizo Vivo a experiência acumulada! Vivo a realização dos sonhos! Vivo como experimento. Não fecho a porta! Não me acostumo à escuridão! Não fujo da vida!

INDECIFRÁVEL

   Teus olhos  me perguntam  a toda hora! Consigo decifrá-los? Já não enxergam  mais tanto, e no entanto,  ainda me encantam... Que questões  escondem? O que desejam,  eu distraído das profundezas? Passo o tempo  vasculhando aquele olhar... O que ainda não fiz,  me perguntam!? Sei apenas que devo agir,  e coloco tudo antes  de nada fazer. Sigo uma arqueologia  presente,  inferindo porquês... Me desejas um Deus  que não sou,  criatura que te adora? Desejas que te cure,  restabeleça sonhos  sonolentos? Preciso deixar crescer  minha divindade, porque assim,  permaneço  um servo incapaz... O quê me perguntas?