Pular para o conteúdo principal

São Paulo e os torós desta semana

Esta semana que se finda, de 9 a 14 de abril, teve muitos dias semelhantes. Embora estejamos no outono, está ocorrendo um calor de matar, característico do verão. Pior, a cada dia, depois da meio-dia, o calor aumenta e o céu vai se fechando, até dar uma chuvarada daquelas.
Gosto de praticar corrida, e três vezes por semana percorro uma média de 30 km . Estas corridas ocorrem quando saio do trabalho. Na quarta corri com uma garoa forte, que caía incessante. Na Avenida Sumaré estava um congestionamento de lascar. Imagino os carros parados e os motoristas me olhando correndo na chuva:
- É um louco, mas está andando. E eu que estou parado!
De maneira geral, a chuvarada acontecia no meio da tarde,  mas na sexta feira, na sexta-feira...a chuva caiu exatamente no final do expediente.
Como eu estava em Pinheiros, assisti a um dilúvio. Acabei comprando uma torta de nozes, para levar para casa, aguardando o fim da chuva, mas a chuva não passava. Ao contrário, parecia aumentar mais e mais, como se uma torneira estivesse ligada no céu despejando todo o reservatório d'água em cima da gente.
Era o meu aniversário de 39 anos de casado, e lá estava eu, ali na calçada, esperando a chuva dar um refresco.
Vi que o povo tem mais pressa de chegar em casa, do que medo de se molhar. Melhor, assim tudo se resolve. Surpreendentemente, quando cheguei ao Metrô, linha amarela, estava vazio, embora a estação estivesse cheia de gente protegendo-se contra a chuva.
Assim foi a relação do paulistano com as inundações da semana

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...

O POVO DE RUA DE UBATUBA

 Nos feriados, a cidade de Ubatuba dobra o seu número de habitantes. Quando isso acontece, logo retiram os moradores em situação de rua, de seus locais, porque consideram que estes prejudicam a "imagem" da cidade. A questão é que os moradores de rua somente são lembrados quando são considerados prejudiciais à cidade. Não existe em Ubatuba uma política de valorização do povo de rua, capaz de diagnosticar o que impede eles de encontrar saídas dignas para suas vidas. Não existe sequer um local de acolhimento que lhes garanta um banho, uma refeição e uma cama. Saio toda semana para levar comida e conversar com eles.  Alguns querem voltar a trabalhar, mas encontram dificuldade em conseguir, tão logo sabem que eles vivem na rua e não possuem moradia fixa. Outros tem claro problema físico que lhes impede mobilidade. Outros ainda, convivem com drogas legais e ilegais.  O rol de causas que levaram a pessoa viver na rua é imenso, e para cada caso deve haver um encaminhamento de sol...

PEQUENO RELATO DE MINHA CONVERSÃO AO CRISTIANISMO.

 Antes de mais nada, como tenho muitos amigos agnósticos e ateus de várias matizes, quero pedir-lhes licença para adentrar em seara mística, onde a razão e a fé ora colidem-se, ora harmonizam-se. Igualmente tenho muitos amigos budistas e islamitas, com quem mantenho fraterna relação de amizade, bem como os irmãos espíritas, espiritualistas, de umbanda, candomblé... Pensamos diferente, mas estamos juntos. Podemos nos compreender e nos desentender com base  tolerância.  O que passo a relatar, diz respeito a COMO DEIXEI DE SER UM ATEU CONVICTO E PASSEI A CRER EM JESUS CRISTO SEGUINDO A FÉ CATÓLICA. Bem, minha mãe Sebastiana Souza Naves era professora primária, católica praticante,  e meu pai, Sólon Fernandes, Juiz de Direito, espírita. Um sempre respeitou a crença do outro. Não tenho lembrança de dissensões entre ambos,  em nada; muito menos em questões de religião. Muito ao contrário, ambos festejavam o aniversário de casamento, quando podiam, indo até aparecida d...