Volume morto.


A água morre
escorre
pelos lodaçais
ocultos
de antigas
superfícies submersas
tornadas campos.
A verdade
aloja-se
em lodaçais,
em artigos guardados
a sete chaves das gavetas
da imprensa igualmente morta,
impublicável.
E o mandatário responsável
também oculta-se por trás
dos volumes mortos
torcendo pela chuva de votos
nas eleições secas.
O povo sente o fedor
mal distingue
se está na torneira
ou no palácio
dos Bandeirantes.
Águar demos
na consciência
morta

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