Pular para o conteúdo principal

A mente do empresariado brasileiro, e o beco sem saída em que ele se meteu, hoje no Brasil

O Brasil sempre teve presente o pensamento fascista, com  desconto de que nunca assenhoreou-se como protagonista.
O que ocorre é que, nestas últimas duas décadas cresceu este pensamento principalmente entre os setores empresariais.
A vitória de Lula  foi o início da chama neofascista. que se realizou com a saída de Dilma Roussef.
No período  compreendido dos dois governos Lula, havia uma conjuntura internacional extremamente favorável, que permitiu combinar desenvolvimento econômico com distribuição de renda.
Quando a crise chegou finalmente ao Brasil, ao término do primeiro governo Dilma e durante o segundo - desembocando em seu Impedimento repleto de arranjos políticos, mais do que as chamadas pedaladas da qual foi acusada - o crescimento econômico findou e ainda se precisava continuar a manter os programas sociais.
Esta foi a oportunidade que a elite -os grupos financeiros, industriais e grandes proprietários rurais, mais a grande mídia, setores do judiciário e da polícia -  vislumbrou a oportunidade para a retomada do poder na nação.
Grupos de extrema direita, de cunho nitidamente neo fascistas tomaram logo a dianteira pela derrubada de Dilma, e influenciaram o empresariado tupiniquim, que se deixou levar por esta cantinela.
Assim, temos hoje, um empresariado de visão neo-liberal combinando com um pensamento neofascista no que tange à perseguição a esquerda, o qual chamaremos de liberal neofascismo.
Qual é o horizonte que antevejo?
Derrubaram uma presidenta eleita por mais de 54.000.000 de votos e se acham prontos para recolocar o país no seu feitio, mas não levaram em conta as consequências que lhe pesarão daqui a pouco.
Senão vejamos: O vice, que hoje está presidente, é uma pessoa sobejamente conhecida por desvios de dinheiro, e por não inspirar confiança. Mas esta elite pouco se importa com isto. Mas a população como um todo, está se dando conta disto. Deram o golpe, em pleno período de campanha eleitoral, permitindo com isso colocar este tema do golpe na agenda das campanhas.
Esta situação colocou os movimentos de direita neofascista na retaguarda, pois não desejam derrubar o atual presidente para mater afastada Dilma, embora saibam que ele seja corrupto, assim como o seu ministério.
A crise econômica aconteceu não propriamente por causa de Dilma, mas devido a uma conjuntura internacional desfavorável.
Isto significa que a crise tende a continuar por mais um tempo, e este é o quadro que vemos sendo apresentado diariamente.
Os movimentos sociais, por seu turno, estão indo às ruas, e em crescimento.
As primeiras greves começa a acontecer o que deve, em algum momento, desembocar numa greve geral.
Temer pode cair?
Sim, pode, se for perdendo sua base de sustentação nas ruas e no Congresso, conforme vá aplicando o seu pacote de maldades, de restingir direitos previdenciários e dos programas sociais.
Pode haver um golpe de Estado militar?
Creio que é uma possibilidade que não deve ser afastada, pois a repressão está sendo usada e assim continuará contra as manifestações.
Haverão eleições em 2018, ou diretas a curto prazo, conforme já se ouve por aí nas ruas?
Caso ocorram, como a maioria espera, será muito disputada e repleta de conflitos.
Este é o horizonte no Brasil nestes próximos 2 anos e meio.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...

O POVO DE RUA DE UBATUBA

 Nos feriados, a cidade de Ubatuba dobra o seu número de habitantes. Quando isso acontece, logo retiram os moradores em situação de rua, de seus locais, porque consideram que estes prejudicam a "imagem" da cidade. A questão é que os moradores de rua somente são lembrados quando são considerados prejudiciais à cidade. Não existe em Ubatuba uma política de valorização do povo de rua, capaz de diagnosticar o que impede eles de encontrar saídas dignas para suas vidas. Não existe sequer um local de acolhimento que lhes garanta um banho, uma refeição e uma cama. Saio toda semana para levar comida e conversar com eles.  Alguns querem voltar a trabalhar, mas encontram dificuldade em conseguir, tão logo sabem que eles vivem na rua e não possuem moradia fixa. Outros tem claro problema físico que lhes impede mobilidade. Outros ainda, convivem com drogas legais e ilegais.  O rol de causas que levaram a pessoa viver na rua é imenso, e para cada caso deve haver um encaminhamento de sol...

PEQUENO RELATO DE MINHA CONVERSÃO AO CRISTIANISMO.

 Antes de mais nada, como tenho muitos amigos agnósticos e ateus de várias matizes, quero pedir-lhes licença para adentrar em seara mística, onde a razão e a fé ora colidem-se, ora harmonizam-se. Igualmente tenho muitos amigos budistas e islamitas, com quem mantenho fraterna relação de amizade, bem como os irmãos espíritas, espiritualistas, de umbanda, candomblé... Pensamos diferente, mas estamos juntos. Podemos nos compreender e nos desentender com base  tolerância.  O que passo a relatar, diz respeito a COMO DEIXEI DE SER UM ATEU CONVICTO E PASSEI A CRER EM JESUS CRISTO SEGUINDO A FÉ CATÓLICA. Bem, minha mãe Sebastiana Souza Naves era professora primária, católica praticante,  e meu pai, Sólon Fernandes, Juiz de Direito, espírita. Um sempre respeitou a crença do outro. Não tenho lembrança de dissensões entre ambos,  em nada; muito menos em questões de religião. Muito ao contrário, ambos festejavam o aniversário de casamento, quando podiam, indo até aparecida d...