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Mostrando postagens de junho, 2024

CONTINUO...

 Eu continuo... Muitas são as forças  que buscam calar gritam  ameaçam pisam  retiram direitos. Mas continuo  porque este  é um tempo assim de institucionalização  da mentira.  Longa é a estrada difícil defender  os fracos  os indefesos  que se acumulam ao longo da mesma. Reúno as forças  que o tempo deixou, seguro firme  o que recebi  de meus pais. A justiça  não se transige, a verdade  não se apaga  do coração.  Por isso   ainda posso  ser visto  na estrada. Lá sigo eu,  gostem ou não. porque continuo, nesta estrada  que não acaba, atravessa a vida.

CORPO ESTRANHO

CORPO ESTRANHO Eu e meu corpo... Eu nele, ele sou eu. Entre nós   uma relação  nem sempre  amigavel: como, e bebo muito durmo pouco relaxo, exagero. Temos nossas  contradições  diante do mundo. As vezes  ele me prega  uma peça, e dá sinais  do tempo. Fico observando-o enquanto sinto, tentando entendê-lo: se piora  arrebenta comigo se melhora,  traz velhos vícios  novamente. Juntos nos mantemos  vivos, caminho entrópico sabendo dos cuidados  que ainda podemos ter. Corpo estranho este  que me acompanha,  eu nele,  ele em mim.

INCOMPLETO

Trago uma sensação  permanente  de que há um vazio  em mim  a ser preenchido.   Não me pergunte Do quê? Se soubesse  seria mais fácil  preenchê-lo. Tem algo de mistério,  incapacidade própria  de discernir,  abrasar-se, satisfação  com as rotinas, falta  de sensibildade,  sutileza. Questiona  lentamente a Lua,  suas fases, não percebe o trajeto das nuvens,  nem o dia que se forma. Não ouve o silêncio  que precede  o despertar,  como grita. Vazio mudo,  incapaz de si,  sonolento,  indiferente.  O mensageiro  dos ventos  lembra  o invisível ar que se move... Onde está  este preenchimento  que desconheço? Quem  o retirou ,  deixou solto,  vagando  qual alma  penada  por aí? Saio pelas manhãs  atrás dele,  dobro quarteirões,   estico ruas,  até que, cansado,  retorno incompleto.  Não tem cor,  mas deixa a sensação  de um colorido perfeito;  não tem odor,  mas fica a impressão  de uma essência nova,  dama da noite ao alvorecer;  não  está nos olhos  acostumados a rotina. Está ali,  mudo,  s

A EXTREMA DIREITA VIVE DE MENTIRAS

 Fazem leis onde estupradores são menos punidos que as mulheres estupradas que abortam. Fazem leis multando em R$17.000,00 que entregar comida a moradores de rua. Eles não sabem que exageram? Sabem!!! O que importa é divulgar-se.. São conscientemente defensores da destruição.  Está tendência não existe apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Pode-se dizer que império lança mão do nazifascismo para combater o indo multipolar

ENJOO

ENJOO Ando enjoado.  É físico,  mental,  moral,  social,  político.  Enjoo de vômito  entalado no estômago,  não digerido, somatizado.  Saio enfraquecido  pelas queimadas  de mim,  interiorizacão de ódios,   ocupações desnecessárias.  Enjoo do que  me tornei, oprimido, tolerante. Vou vomitar  o velho,  o casmurro,  o descontente, que desiste.  Meço a pressão... está abaixo  do mundo,  fria,  insuficiente.  Enjoo  que acompanha  o dia a dia,  inspira, expira, batimentos lentos,  quase desfalece.

NÃO BASTA SER JUSTO

Não basta ser justo.  É preciso ser bom,  ultrapassar as barreiras  da miséria humana  deixar-se moldar  por elas.  Seca é vida,  curta a estadia.  Na profundidade  do nada  pode-se encontrar  o tudo.  A vida  tem níveis  de compreensão,   de presença,  que precisam  ser continuamente  superados.  Não estacione  nesta estrada,  a não ser  para embarcar  mais pessoas  nesta caminhada de vida.

EXCLUSÃO

Na sujeira  da sarjeta,  rejeitada  pela ordem,  finca a verdade  sua bandeira. Enquanto xingam  largados os que fedem,  perseguem  miseráveis  abandonados. A miséria  é a antítese  do poder.   A cachaça  é a resposta  ao vício  de domínio  do mundo. Cuspidos,  da mais reles  organização,  destituídos de tudo,  do que pensam  e são,   recorrem  absolutamente  a Deus,  e o descobrem  em sonhos  ou ilusão. A volta da roda,  a verdade impõe  de ponta cabeça,  caída na calçada,   despencada no chão.

NAVEGAR...

  Não sei  se termina, sei que  esta estrada continua. Não imagino como  se desenha a historia,  observo um enredo  sendo feito. Não faço  a menor ideia  do que significa  esta imensa dimensão  chamada vida,  sei que estou nela  e me surpreendo  a cada dia. O que penso, o de piso,  está no meio  de algo  que não se explica  senão por sua  simples expressão, convite a seguir  e pronto.

PRISÃO DO AMOR

Tenho um amor prisioneiro de mim, incapaz de libertar-se. Tenho um amor prisioneiro nas circunstâncias, não há  o que exista, seja feito que  desnude. Já não  o reconheço mais, sequer identifico sua existência, tão profundas as entranhas que o prendem.  Está ali  à espera de uma declaração de incapacidade, redescoberta de si, que não vem. Passam-se os dias... Tenho um coração  incapaz de libertar-se por si mesmo,  carente, coração de rua, perdido no tudo, insatisfeito do mundo.  Amor que clama por amor maior.

CHEGOU O POMAR DE LETRAS

 Caros amigos, com prazer anuncio meu sexto livro de poemas, o POMAR DE LETRAS. Convido a todos a viajarem comigo nesta aventura poética. O livro encontra-se à disposição na Amazon  https://www.amazon.com.br/Pomar-Letras-Paulo-Naves-Fernandes/dp/8536667419/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=2PEV92EX5LPOM&dib=eyJ2IjoiMSJ9.x6fIbYilq8FlYMCXQPB3gJ7r-_f4wnFBdgNvnKz-aE-rGZAw2M9rdhoONunfmiixWVXWpoUrm__91b-R9J1ejtNYk0ri5R9CwnpvamMKMenrPfeb4dd6zuhXV52sfsmyrHqdKs95Uzo0J7K5QyRcQNEY9oWoTidRG9yPSe8cunZ5kkALiOD4TM16S_bU0TqRQQHVRftysRsGp8fbNsUhLzCalY-L4k-z5QqhHtWCndV4tDPeHblUzbi7jMOwY9J_YZsBG4MQEdoxrlghfd87dc61lblUnxZU2SJ9SpW8WMs.ahL9pSBBWVu6193QCcho3PC_VeTLOaHl9vWKRvFK2lg&dib_tag=se&keywords=pomar+de+letras&qid=1718994072&sprefix=pomar+de+letr%2Caps%2C739&sr=8-1 [16:07, 21/06/2024] JOAO PAULO: Com prazer anuncio meu sexto livro de poemas a vocês e os convido a viajarem comigo. [16:09, 21/06/2024] JOAO PAULO: podasestradas.blogspot.com.br

INVISIBILIDADE

  Estive por aqui, não perceberam. Falei Não ouviram. Quando fui não sentiram falta. Foi como eu nunca tivesse permanecido aqui, falado aqui, ou mesmo, partido daqui. Estão todos envoltos em grandes teorias abstratas despidas de relações. Minha invisibilidade tem classe tem cor sexo, dor, fome, doença, abandono. Apenas eu me vejo falo escuto, eu só, distante de tudo . Minha invisibilidade Tem renúncias a estruturas impostas, não compete, passa ao largo. Por isso sobrevive também como se não tivessem visto nem ouvido, quanto mais partido.

VIDA E HISTÓRIA

Engolindo tudo!!!! Absorvendo natural e progressivamente grandes discordâncias, fortes contradições! Tudo para manter uma estrutura equilibrada, racional, injusta. Calado, entalado na garganta, implodido. Mas explode confusa difusa ilógica, . Depois refreia sofrendo pelo retorno obrigatório. Então berra! Soletra palavras irreconhecíveis, sentimento puro. Engolindo e explodindo! Engolindo e explodindo! Continuidades e rupturas é a vida e a História Humana. Curtir Comentar Enviar Compartilhar

TEMPO AO TEMPO

Vou dar  tempo ao tempo.  Que ele  se rivalize  com a forma  como faço tudo  e nada.  Não adianto,  não atraso. Sigo o Sol, as estrelas mais que  o dia a noite. Deixo estar... O beijo sôfrego antecipa atrasos,  o amor não sofre. Ponho-me de pé diante da porta, olho  fora vigiando a vinda da brisa  do fim da tarde. Quando escurece o íntimo saltita contente, os olhos se põem para dentro e dou largos sorrisos solitários. Acordo como  descobrindo-me. Logo  me dou conta das imensas estruturas que me envolvem   Despeço-me dos sonhos, dos entes  fugidios palavras soltas envoltos no lusco fusco, alvorecer confuso de dimensões etéreas. Deixo o dia ir esvaindo-se como eu que anoiteço sempre. Onde estou?

CAIR EM SI

  O que me falta desconheço, o que sobra, desconheço, um estranho que não se estranha, Pesada carcaça que não vê ao lado, segue rígido caminho oficial, distraído e sem graça . Sente-se literalmente só. Se reflete, algumas descobertas vem à tona, e se põe a meditar... mas logo retorna ao leito manso do cotidiano, e tudo volta ao normal. Busca no aroma das flores o enigma dos perfumes transcendentes, descortine novos ares... nas águas cristalinas que brotam nas fontes, o segredo de suas belas profundidades, tão simples, misturadas a terra... na fortaleza das árvores, como templos naturais que alçam vôos nos espaços recônditos onde povoam aves e insetos. Interrompe tudo em observar as flores, como agridem tanto com sua beleza, esta aridez apaziguada. Busca os perdidos, os esquecidos deste mundo; quem sabe escondam grandes segredos. Vê a terra como um fim em que civilizações inteiras, esquecidas dos arqueólogos. Ah, meu amor, Como me enciúmo de seu adormecer, eu que não tenho paz. Tard

INSTANTE

  O instante passa como se não houvesse tempo. Embute decisões compulsivas, lamentos que perpetuam. Antes, distração, desconcentração. Depois, descoberta impensada. Prefiro as perpétuas cadeias da continuidade. O Sol nasce e morre todos os dias. Porquê precipitá-lo? Todas as reações: 2 Vanderli Tiberio e Heloisa Rodante

MÁQUINA HUMANA

Vivo de camadas,  exterioridades. Pensamentos  sobre pensamentos, relações próximas,  distantes, níveis  de aprofundamento,  superficialidades. O Sol  aquece, apaga. A Lua   anoitece,  acende. Profundidades  desconhecidas, superficialidades  banais. Descubro  níveis  de compreensão;  tratamentos  íntimos,  distantes, conveniente   condição social,  interessada,  esquecida. Escavo,   volto à superfície. Aproximo,  desdenho. Ocultamente,  alguém amolda a si esta discrepante  máquina humana, ondas nas rochas chuvas copiosas, demoradas  monções. Por fim,  a rendição  voluntária,   consciente  da incapacidade  de superar-se plenamente no caminho. Alguns  se dão conta; outros,  não se descobrem, vazios.

BELO

 Não sei onde vou parar... Não importa,  o caminho é belo,  isso importa. Encontro  de tudo,  pela frente. Não encontro  o que procuro. Importa este belo trajeto. Piso em barro,  paro no canto  da estrada,  ultrapasso barreiras retorno  busco atalhos  perco sonhos firo a ingenuidade,  erro. Continua  belo  o caminho.  Não sei  onde irá dar, sei que é belo muito belo.

DESESTRUTURADO

  As estruturas  tão grandes eu tão pequeno. Se grito,  quem me ouve? Um mundo  tão cheio  de opressão  e eu um nada  submerso  na profunda  exploração.  Um povo  tão grande  que não fala,  e uma minoria  que ladra  sem parar. Queria  ardorosamente   o inverso  deste tudo, a revolução... Mas fico  silencioso,  com minhas  pequenas dores  em assistir  este circo  de horrores.

SAÍDA À FRANCESA

  Pode ser  que um dia destes  eu vá   e não me despeça.  Melhor assim,  que fique  a impressão  de que ainda  continuo,  embora ausente. Que as atividades  mantenham  sua frequência,  e tudo siga  o curso manso  dos rios. Mais do que  ser lembrado  é deixar marcas  impregnadas,  sede de justiça,  olhar de igual  para igual  para amigos  e opressores,   sem rebaixar-se  ou elevar-se. Despedidas  nada valem  se não permanecem  ações de convivência.  A estrada é nova,  e novas são  todas as coisas. Então,   não se preocupe,   porque  de alguma forma  continuo sorrindo  da vida   desdenhando  as adversidades. Pode ser que não  me despeça.

SINTONIA

  As palavras excedem vão perdendo o elã. Devem ser contidas  nos prados  da consciência. Também  são insuficientes,  necessitam mergulhar  no lago da realidade. Palavras convidam  a danças primitivas  sonhos transcendentes,  estão sempre  se reinterpretando  quanto a cor  do seu fulgor. As vezes  escondem-se  no silêncio  da descoberta  pessoal,  longe  das grandes massas. Passo o tempo  pescando-as  em meu poço  de ignorância,  longe da lógica  da vida.

NÃO VERBAL

  Meu coração  quer dizer algo,  mas sua linguagem  ainda não  se transformou  em palavras. Talvez  nunca consiga, mitiga mitiga, fica por ali mesmo. Aperta aqui,  deixa algo  no ar,  indecifrável.  Deseja compreensão sobrenatural. No limite  de sua mudez,  mistura-se  junto a face,  sem identidade,  clamando  ser descoberto de seu desterro.  Atravessa  as falsidades  da razão,  sempre  tão ereta  incólume. Ah coração!  Quanta vergonha  faz passar  os perfeitos,  tão falsos. Quanto desbravamento de ódios!

ESCOLHA

  Escolhi você  e te amei. Não pensei muito,  não pensei. Foi olhar  e me dar conta  de perdido. Reviravolta  nos caminhos,  nada no lugar. Escolhi percorrer  o desconhecido contigo, quando tudo seguia  o ritmo de sempre. Revolucionei-me,  não dormi,  segurei firme  no amor desabei-me em ti derramei-me calçadas afora.  Agora vivo livre qual um passarinho saltitando  entre os galhos  matinais. Bela é a vida! Bom é amar! Que eu siga  este caminho  de desafios  propagando a vida  como fim. Sem o amor,  o que é viver?

BOMBA RELÓGIO

  Tenho  uma bomba relógio  em mim. Conta  os segundos,  a hora,  o dia,  a semana,  o mês,   o ano,  a vida. Está ali,  Aguardando  o tempo  de sua eclosão.  Não se importa    se existem  projetos,  trabalho,  família,  política ,  religião,  lazer,  submete tudo  a uma urgência  obrigatória. Estes sim,  correm  para terminar  rápido,  o que lhes  foi confiado,  desconfiados.   Hoje ela dorme,  finge ausência,  deixa a impressão  de ilusão,  permanência.  Vem o dia,  se vem,  em que ninguém  poderá impedir,  esta bomba  explodir.  Não há  quem tenha  contado detalhes  deste derradeiro  enlace,  interrupção  abrupta  de tudo,  de uma só vez. Piso manso o caminho ,  olhando dentro,  na esperança  de não antecipar  seu tempo contar.

PREÂMBULO

  Não sei  se vou  conseguir  dizer  o que estou  pensando. Também  não tenho pressa  nem certeza  de que  é isso mesmo. Então fico  num compasso  de espera,  aguardando  chegar tudo,  para me manifestar. Melhor assim, Incompreensão  sob o manto da prudência.  Agora,  vai que eu diga  e não é  isso,  como fica?  Não sei  se falo  assim mesmo... Melhor assim... Depois  alguém  me corrige.  Decerto  vai me ajudar  a entender,  ou não? Não sei... Vou dar  um tempo  até tudo  se esclarecer. De repente,  encontro.

SONOLÊNCIA HUMANA

 Vou guardar  as promessas que fiz  em meio a dor. Padecer desperta  o coração,  caminham juntos. Que a saúde  não ofusque  a consciência  alcançada  no sofrimento. Quanta ausência presente!  Tudo vai bem. É preciso  um certo adoecer, para amanhecer melhor. Muitos lamentos  ecoam pelas noites  sem fim... Silêncio de gente... Todos permanecem  em suas posições. Estarão preocupados com algo,  com alguém? Seres ausentes do mundo... Vou propor  epidemias,  grandes desastres! Quem sabe acordem  desta sonolência  criminosa, olhem ao lado, vejam tantos  que sofrem, apagados  de suas realidades. Vou propor guerras! Quem sabe pensem,  em algum momento,  sobre os benefícios da paz. Vou propor eu, você, nós! Seguirmos juntos  nesta caminhada distraída,  desvencilhando-nos  de tudo  que nos ocupa,  desocupa.