O que me falta
desconheço,
o que sobra,
desconheço,
um estranho
que não
se estranha,
Pesada
carcaça
que não vê
ao lado,
segue rígido
caminho
oficial,
distraído
e sem graça .
Sente-se
literalmente só.
Se reflete,
algumas
descobertas
vem à tona,
e se põe
a meditar...
mas logo
retorna
ao leito manso
do cotidiano,
e tudo volta
ao normal.
Busca
no aroma
das flores
o enigma
dos perfumes
transcendentes,
descortine
novos ares...
nas águas
cristalinas
que brotam
nas fontes,
o segredo
de suas belas
profundidades,
tão simples,
misturadas
a terra...
na fortaleza
das árvores,
como templos
naturais
que alçam vôos
nos espaços
recônditos
onde povoam
aves e insetos.
Interrompe tudo
em observar
as flores,
como agridem tanto
com sua beleza,
esta aridez
apaziguada.
Busca os perdidos,
os esquecidos
deste mundo;
quem sabe
escondam
grandes
segredos.
Vê a terra
como um fim
em que
civilizações
inteiras,
esquecidas
dos arqueólogos.
Ah, meu amor,
Como me enciúmo
de seu adormecer,
eu que não tenho paz.
Tarda o dia,
tarda em viver.
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