PRISÃO DO AMOR

Tenho um amor

prisioneiro de mim,

incapaz de libertar-se.


Tenho um amor

prisioneiro

nas circunstâncias,

não há 

o que exista,

seja feito

que  desnude.


Já não 

o reconheço mais,

sequer identifico

sua existência,

tão profundas

as entranhas

que o prendem. 


Está ali 

à espera

de uma declaração

de incapacidade,

redescoberta de si,

que não vem.


Passam-se os dias...


Tenho um coração 

incapaz de libertar-se

por si mesmo, 

carente,

coração de rua,

perdido

no tudo,

insatisfeito

do mundo. 


Amor que clama

por amor maior.






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

PLEBISCITO POPULAR

O que escondo no bolso do vestido - Poema de Betty Vidigal