Tenho
uma bomba relógio
em mim.
Conta
os segundos,
a hora,
o dia,
a semana,
o mês,
o ano,
a vida.
Está ali,
Aguardando
o tempo
de sua eclosão.
Não se importa
se existem
projetos,
trabalho,
família,
política ,
religião,
lazer,
submete tudo
a uma urgência
obrigatória.
Estes sim,
correm
para terminar
rápido,
o que lhes
foi confiado,
desconfiados.
Hoje ela dorme,
finge ausência,
deixa a impressão
de ilusão,
permanência.
Vem o dia,
se vem,
em que ninguém
poderá impedir,
esta bomba
explodir.
Não há
quem tenha
contado detalhes
deste derradeiro
enlace,
interrupção
abrupta
de tudo,
de uma só vez.
Piso manso
o caminho ,
olhando dentro,
na esperança
de não antecipar
seu tempo contar.
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