Pular para o conteúdo principal

Pedido concreto: farinha de trigo e combustível para o povo sírio


Retirado do Zenit
Apelo por ajuda humanitária do Arcebispo Jacques Behnan Hindo, titular da arqui-eparquia sírio-católica de Hassaké-Nisibi
ROMA, 03 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - Quem chama a atenção novamente para o drama sírio é o Arcebispo  Jacques Behnan Hindo, titular da arqui-eparquia sírio-católica de Hassaké-Nisibi : “As coisas pioram rapidamente e a situação pode se tornar rapidamente catastrófica”.
O Arcebispo Jacques Behnan Hindo fez dois apelos à Presidência da FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations),a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.
A nota divulgada pela Agência Fides explica que a solicitação é por uma intervenção imediata vista a emergência humanitária que está levando centenas de milhares de sírios à região de Jazira, na Alta Mesopotâmia síria.
No texto do apelo enviado à Fao o Arcebispo explica que no início do inverno, todas as atividades econômicas estavam paralisadas.
As estradas para o abastecimento, na direção oeste, estão interrompidas há mais de um mês; gradualmente as reservas de primeira necessidade estão chegando ao fim e os preços de tudo estão aumentando vertiginosamente.
A falta de combustível impede o aquecimento das residências e o andamento de todas as atividades agrícolas justamente no início da temporada de semear.
“Os silos para armazenar grãos de trigo – explica o Arcebispo Hindo – foram saqueados e o trigo foi vendido a comerciantes turcos que o levaram para a Turquia, sob os olhos da alfândega turca. Nossos grãos foram vendidos a um preço muito baixo”. Os grãos de maior qualidade eram vendidos abaixo do custo devido às políticas agrícolas do governo central de Damasco.
O Arcebispo Hindo denuncia o progressivo desaparecimento de produtos vitais como o leite para crianças e remédios, a começar pelos antibióticos. A única rota de ligação com o exterior permanece a estrada internacional para o Iraque, que une a Alta Mesopotânia síria com Mossul.
No texto de seu segundo apelo, dirigido ao Premiê iraquiano Al-Maliki, Dom Hindo apresenta ao líder político do país confinante um pedido concreto: “Venham ao nosso socorro o mais rápido possível, enviando-nos 600 cisternas de combustível, 300 cisternas de gasolina e algumas toneladas de farinha”.
O Arcebispo sírio, na mensagem enviada à Fides, relaciona o sofrimento vivido hoje por seu povo ao experimentado pelos iraquianos em seu recente passado: “Nós – escreve Dom Hindo ad al-Maliki – sofremos aquilo que o povo iraquiano sofreu com a imposição do embargo. As primeiras vítimas foram as crianças. Vocês sentiram em seus corpos, em suas almas e em suas crianças toda a injustiça. Porquê, a este ponto, é somente o povo a ser punido, e não o governo. Assim, os Estados colocam seus interesses acima dos interesses dos homens e também acima dos direitos que Deus tem sobre aquilo que é obra Sua”.
A região de Jazira, com os centros urbanos de Kamishly e Hassakè (principal cidade dessa região) contava um milhão e quinhentos mil habitantes, aos quais desde o início da guerra civil se acrescentaram pelo menos 400 mil refugiados provenientes de Aleppo, Homs, Deir-Ez-Zor e Damasco.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...

O POVO DE RUA DE UBATUBA

 Nos feriados, a cidade de Ubatuba dobra o seu número de habitantes. Quando isso acontece, logo retiram os moradores em situação de rua, de seus locais, porque consideram que estes prejudicam a "imagem" da cidade. A questão é que os moradores de rua somente são lembrados quando são considerados prejudiciais à cidade. Não existe em Ubatuba uma política de valorização do povo de rua, capaz de diagnosticar o que impede eles de encontrar saídas dignas para suas vidas. Não existe sequer um local de acolhimento que lhes garanta um banho, uma refeição e uma cama. Saio toda semana para levar comida e conversar com eles.  Alguns querem voltar a trabalhar, mas encontram dificuldade em conseguir, tão logo sabem que eles vivem na rua e não possuem moradia fixa. Outros tem claro problema físico que lhes impede mobilidade. Outros ainda, convivem com drogas legais e ilegais.  O rol de causas que levaram a pessoa viver na rua é imenso, e para cada caso deve haver um encaminhamento de sol...

PEQUENO RELATO DE MINHA CONVERSÃO AO CRISTIANISMO.

 Antes de mais nada, como tenho muitos amigos agnósticos e ateus de várias matizes, quero pedir-lhes licença para adentrar em seara mística, onde a razão e a fé ora colidem-se, ora harmonizam-se. Igualmente tenho muitos amigos budistas e islamitas, com quem mantenho fraterna relação de amizade, bem como os irmãos espíritas, espiritualistas, de umbanda, candomblé... Pensamos diferente, mas estamos juntos. Podemos nos compreender e nos desentender com base  tolerância.  O que passo a relatar, diz respeito a COMO DEIXEI DE SER UM ATEU CONVICTO E PASSEI A CRER EM JESUS CRISTO SEGUINDO A FÉ CATÓLICA. Bem, minha mãe Sebastiana Souza Naves era professora primária, católica praticante,  e meu pai, Sólon Fernandes, Juiz de Direito, espírita. Um sempre respeitou a crença do outro. Não tenho lembrança de dissensões entre ambos,  em nada; muito menos em questões de religião. Muito ao contrário, ambos festejavam o aniversário de casamento, quando podiam, indo até aparecida d...