Intolerância religiosa leva menina a ser apedrejada na cabeça
Garota de 11 anos iniciada no Candomblé
foi a vítima. Parentes dizem ter sido
xingados por grupo evangélico
FLAVIO ARAÚJO
Antes da agressão, a menina já defendia o direito de usar as cores de sua religião de forma pacífica
Foto: Reprodução
Rio - Com apenas 11 anos de idade, K. conheceu a intolerância
religiosa na noite de domingo de forma dolorosa. A menina,
iniciada no Candomblé há quatro meses, seguia com parentes
e irmãos de santo para um centro espiritualista na Vila da Penha,
quando foi atingida na cabeça por uma pedra, atirada, segundo
testemunhas, por um grupo de evangélicos. Ainda segundo os
relatos, momentos antes, eles xingaram os adeptos da religião
de matriz africana.
“Eles gritaram: ‘Sai Satanás, queima! Vocês vão para o inferno’.
Mas nós não demos importância. Logo depois, o pedregulho
atingiu minha neta e, enquanto fomos socorrê-la, eles fugiram
em um ônibus”, contou a avó da menina, Kathia Coelho Maria
Eduardo, de 53 anos, conhecida na religião como Vó Kathi
O caso foi registrado ontem na 38ª DP (Brás de Pina) como
lesão corporal e no artigo 20 da lei 7.716 (praticar, induzir ou
incitar a discriminação ou preconceito de religião). A polícia
tenta identificar os agressores através de câmeras dos
ônibus da região.
K. chegou a desmaiar e, segundo seus parentes, teve
dificuldade para lembrar de fatos recentes. “Ela está bem,
pois foi socorrida para o hospital e até foi à escola, pois é
muito estudiosa. Mas na hora chegou a perder a memória.
Que mundo é esse que estamos vivendo? Não se respeita
nem criança?”, questionou, ainda indignada, Yara Jambeiro,
49, também integrante do Barracão Inzo Ria Lembáum e
uma das responsáveis pela educação religiosa de K.
O caso ganhou repercussão na Comissão de Combate à
Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro. Ivanir dos Santos,
que preside a comissão, defende a importância da punição
aos responsáveis.
“Não se trata de um fato isolado. É assustador uma pedrada
em uma criança. Vivemos um momento delicado na questão
da intolerância. As investigações precisam chegar aos
agressores para que o exemplo não seja de impunidade e
que a liberdade religiosa seja reafirmada como está
na lei”, avaliou.
Responsável por uma rede social com 50 mil adeptos e que
defende a cultura afro-brasileira, Marcelo Dias, o Yangoo,
divulgou o caso: “É assombroso”, criticou.
Parentes dizem que ferimento na cabeça fez K. perder a memória
Foto: Reprodução
Ialorixá de 90 anos enfartou com ofensas
A denúncia de que uma pedra feriu a menina K., de 11 anos,
na noite de domingo, chegou à Comissão de Combate à
Intolerância do Rio em meio a reunião na Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em protesto pela morte,
no dia 1º , de uma uma ialorixá, de 90 anos de idade,
em Camaçari, na Bahia.
Segundo seus parentes e filhos de santo, a religiosa
enfartou depois da instalação de um igreja evangélica
em frente ao seu terreiro.
Conhecida como Mãe Dede de Iansã, Mildreles Dias
Ferreira teria morrido após seguidores da igreja, terem
passado uma madrugada inteira em vigília proferindo
ofensas em direção à casa de santo.
“A polícia recebeu queixas contra as manifestações em
frente ao terreiro antes da morte dela. Fizeram cerimônias
em frente à casa de forma acintosa e, em outros casos,
há quem macule terreiros, além de outras práticas
sistemáticas”, enumerou Ivanir dos Santos,
presidente da comissão.
Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte, ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...
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