Intolerância religiosa leva menina a ser apedrejada na cabeça
Garota de 11 anos iniciada no Candomblé
foi a vítima. Parentes dizem ter sido
xingados por grupo evangélico
Rio - Com apenas 11 anos de idade, K. conheceu a intolerância
religiosa na noite de domingo de forma dolorosa. A menina,
iniciada no Candomblé há quatro meses, seguia com parentes
e irmãos de santo para um centro espiritualista na Vila da Penha,
quando foi atingida na cabeça por uma pedra, atirada, segundo
testemunhas, por um grupo de evangélicos. Ainda segundo os
relatos, momentos antes, eles xingaram os adeptos da religião
de matriz africana.
“Eles gritaram: ‘Sai Satanás, queima! Vocês vão para o inferno’.
Mas nós não demos importância. Logo depois, o pedregulho
atingiu minha neta e, enquanto fomos socorrê-la, eles fugiram
em um ônibus”, contou a avó da menina, Kathia Coelho Maria
Eduardo, de 53 anos, conhecida na religião como Vó Kathi
Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro. Ivanir dos Santos,
que preside a comissão, defende a importância da punição
aos responsáveis.
“Não se trata de um fato isolado. É assustador uma pedrada
em uma criança. Vivemos um momento delicado na questão
da intolerância. As investigações precisam chegar aos
agressores para que o exemplo não seja de impunidade e
que a liberdade religiosa seja reafirmada como está
na lei”, avaliou.
Responsável por uma rede social com 50 mil adeptos e que
defende a cultura afro-brasileira, Marcelo Dias, o Yangoo,
divulgou o caso: “É assombroso”, criticou.
Ialorixá de 90 anos enfartou com ofensas
enfartou depois da instalação de um igreja evangélica
em frente ao seu terreiro.
Conhecida como Mãe Dede de Iansã, Mildreles Dias
Ferreira teria morrido após seguidores da igreja, terem
passado uma madrugada inteira em vigília proferindo
ofensas em direção à casa de santo.
“A polícia recebeu queixas contra as manifestações em
frente ao terreiro antes da morte dela. Fizeram cerimônias
em frente à casa de forma acintosa e, em outros casos,
há quem macule terreiros, além de outras práticas
sistemáticas”, enumerou Ivanir dos Santos,
presidente da comissão.
religiosa na noite de domingo de forma dolorosa. A menina,
iniciada no Candomblé há quatro meses, seguia com parentes
e irmãos de santo para um centro espiritualista na Vila da Penha,
quando foi atingida na cabeça por uma pedra, atirada, segundo
testemunhas, por um grupo de evangélicos. Ainda segundo os
relatos, momentos antes, eles xingaram os adeptos da religião
de matriz africana.
“Eles gritaram: ‘Sai Satanás, queima! Vocês vão para o inferno’.
Mas nós não demos importância. Logo depois, o pedregulho
atingiu minha neta e, enquanto fomos socorrê-la, eles fugiram
em um ônibus”, contou a avó da menina, Kathia Coelho Maria
Eduardo, de 53 anos, conhecida na religião como Vó Kathi
O caso foi registrado ontem na 38ª DP (Brás de Pina) como
lesão corporal e no artigo 20 da lei 7.716 (praticar, induzir ou
incitar a discriminação ou preconceito de religião). A polícia
tenta identificar os agressores através de câmeras dos
ônibus da região.
lesão corporal e no artigo 20 da lei 7.716 (praticar, induzir ou
incitar a discriminação ou preconceito de religião). A polícia
tenta identificar os agressores através de câmeras dos
ônibus da região.
K. chegou a desmaiar e, segundo seus parentes, teve
dificuldade para lembrar de fatos recentes. “Ela está bem,
pois foi socorrida para o hospital e até foi à escola, pois é
muito estudiosa. Mas na hora chegou a perder a memória.
Que mundo é esse que estamos vivendo? Não se respeita
nem criança?”, questionou, ainda indignada, Yara Jambeiro,
49, também integrante do Barracão Inzo Ria Lembáum e
uma das responsáveis pela educação religiosa de K.
O caso ganhou repercussão na Comissão de Combate àdificuldade para lembrar de fatos recentes. “Ela está bem,
pois foi socorrida para o hospital e até foi à escola, pois é
muito estudiosa. Mas na hora chegou a perder a memória.
Que mundo é esse que estamos vivendo? Não se respeita
nem criança?”, questionou, ainda indignada, Yara Jambeiro,
49, também integrante do Barracão Inzo Ria Lembáum e
uma das responsáveis pela educação religiosa de K.
Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro. Ivanir dos Santos,
que preside a comissão, defende a importância da punição
aos responsáveis.
“Não se trata de um fato isolado. É assustador uma pedrada
em uma criança. Vivemos um momento delicado na questão
da intolerância. As investigações precisam chegar aos
agressores para que o exemplo não seja de impunidade e
que a liberdade religiosa seja reafirmada como está
na lei”, avaliou.
Responsável por uma rede social com 50 mil adeptos e que
defende a cultura afro-brasileira, Marcelo Dias, o Yangoo,
divulgou o caso: “É assombroso”, criticou.
Ialorixá de 90 anos enfartou com ofensas
A denúncia de que uma pedra feriu a menina K., de 11 anos,
na noite de domingo, chegou à Comissão de Combate à
Intolerância do Rio em meio a reunião na Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em protesto pela morte,
no dia 1º , de uma uma ialorixá, de 90 anos de idade,
em Camaçari, na Bahia.
Segundo seus parentes e filhos de santo, a religiosana noite de domingo, chegou à Comissão de Combate à
Intolerância do Rio em meio a reunião na Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em protesto pela morte,
no dia 1º , de uma uma ialorixá, de 90 anos de idade,
em Camaçari, na Bahia.
enfartou depois da instalação de um igreja evangélica
em frente ao seu terreiro.
Conhecida como Mãe Dede de Iansã, Mildreles Dias
Ferreira teria morrido após seguidores da igreja, terem
passado uma madrugada inteira em vigília proferindo
ofensas em direção à casa de santo.
“A polícia recebeu queixas contra as manifestações em
frente ao terreiro antes da morte dela. Fizeram cerimônias
em frente à casa de forma acintosa e, em outros casos,
há quem macule terreiros, além de outras práticas
sistemáticas”, enumerou Ivanir dos Santos,
presidente da comissão.
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