As mãos
escondidas
no reverso
da vida,
o bolso
Os olhos
mirando
baixo
escondendo-se
da verdade,
envergonhados.
A boca
agora
calada,
sem
explicações.
Por cima do povo
por cima do contribuinte
roubou
e roubou.
Descoberto,
como num
passe de mágica,
volta a ser
santo
novamente.
com a delação
premiada.
Agora
de corruptor
é herói,
de ladrão
torna-se
cidadão,
retomando
as regalias
da impunidade
que tinha.
Como confiar
na infidelidade,
tomar uma palavra
que mentiu
e mentiu
como verdadeira?
Qual justiça
se debruça
tendo
o criminoso
como
paladino
da moralidade?
E querem
que eu respeite
aquele
que desrespeitou
que aceite
a palavra do ladrão
como referência
de justiça?
Perdoem,
não posso!
Está além de mim.
Se fosse
a passagem
do Evangelho,
a voz de um
Estadista
reconhecido...
mas não
é um ladrão
arrependido
que diz contar
a verdade,
e que verdade.
Este é o padrão
da investigação
de nossa Justiça
hoje?
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