Ponho-me à prova
da censura do mundo.
Sabendo-me,
mesmo imundo,
ter um coração
repartido.
Nele cabem
os tortos,
os convexos,
os de texto inteiro,
em seus tinteiros,
e os anexos,
os leves,
esvoaçantes,
e os pesados
atlantes.
Tudo faz parte
da nossa parte,
passa ao largo
ou embebe;
vai dos olhos
escolher,
recolher...
Tudo está ali,
disponível,
desabrochar
particular,
especial,
espera
transcendente
realidade muda.
Tudo traz
um presente,
oculto,
insepulto,
no breve
féretro da vida.
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