Dorme pequena,
assim também
dormem suas dores
tão despertas.
Surpreendem-te
as marcas do tempo
em teu corpo...
Fostes gazela solta
em campos de girassois,
voltados a ti,
tua luminosidade.
O vento enamorava-se
de teus cabelos,
desejoso de encarnar-se,
despedida etérea.
Teus passos
paralisavam ambientes
ritmos inconscientes.
Fostes meu princípio,
gerado em ti,
desconhecido de mim,
até então.
Fostes meu tudo,
quando percorria ermo
as pegadas do destino,
circulares.
Hoje somos fusão,
próximos de nós,
esperanças realizadas.
A verdade
encravada na vida
a faz dormir, pequena,
junto às dores.
Desperta!
Enciumam-me teus sonhos,
banido noturno de ti.
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