Pular para o conteúdo principal

EM SP DUQUE DE CAXIAS AGORA FUMA CRACK

Costumo correr, quase que diariamente, uns dez quilômetros, para manter a forma física, já com uma idade meio avançada, 61 anos. Saio de casa na Barra Funda, e sigo pela Avenida Rio Branco. Atravesso a Praça Princesa Isabel, onde localiza-se a estátua do nosso grande pacificador, o DUQUE DE CAXIAS.

É difícil falar sobre as condições das praças de São Paulo, principalmente as do centro da cidade, sem tem que fazer lamúrias. É que o abandono é total. Lixo acumulado, ponto de consumo de drogas, sujeira, descaso. Depois dizem que estou fazendo campanha eleitoral, mas como alguém pode querer melhorar outros lugares, se não foi capaz de arrumar a própria casa.

Hoje, 14 de outubro de 2010, ao passar pela praça Princesa Isabel, onde fica o nosso patrono da unificação e da pacificação, deparei-me com vários grupos de pessoas abandonadas consumindo abertamente e sem o menor disfarce, seus cachimbinhos de crack.

Eram jovens já esqueléticos, envoltos em cobertores, e cheirando a fezes, consumindo esta droga tão destrutiva. Pensei comigo - "Vou parar a primeira viatura da polícia e fazer um alerta". Sim, porque naquela praça deixaram de frequentar as famílias, as mães que trazem seus bebês para tomar um pouco do nosso sol avermelhado.

Já pelo lado do Largo do Paissandú encontrei uma viatura da polícia, e expliquei o caso. A resposta que me deram era e que eu deveria dirigir-me para a regional da polícia que abrange aquela praça, e eles eram de outra regional. Daí disse-lhes que, para mim, aquele não era propriamente um problema de polícia, mas de saúde pública. O polícial me disse: prestem muito a atenção, o policial me disse que era NECESSÁRIO HAVER VONTADE POLÍTICA PARA SE RESOLVER O PROBLEMA DO CRACK.

Entre esta e outras, desviando ds problemas, sem enfrentá-los é que os demotucanos vão levando com a barriga a nossa metrópole. Mas como as pessoas gostam de se enfurnar em seus partamentos e não estão nem aí para o que acontece em sua cidade, então também o poder público nao faz nada. E podem exportar este não faz nada para o Brasil inteiro. Olhem lá!

Estou sentindo frio em minha alma, desta metrópole tão sem solidariedade.
Assim o crack vai continuar. Pois as pessoas não estão nem aí. Olhem bem Até o Duque de Caxias não escapou. Agora o crack espera os teus filhos para abraçar. O Netinho denunciou, e o Aluísio virou pai do combate ao crack que ninguém combate. Puro blábláblá eleitoral. Enquanto isso a caravana passa.....

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...

Profeta Raul Seixas critica a sociedade do supérfluo

Dia 21/08/2011 fez 22 anos que perdemos este incrível músico, profeta de um tempo, com críticas profundas à sociedade de seu tempo e que mantém grande atualidade em suas análises da superficialidade do Homem que se perde do principal e se atém ao desnecessário. A música abaixo não é uma antecipação do Rap? Ouro de Tolo (1973) Eu devia estar contente Porque eu tenho um emprego Sou um dito cidadão respeitável E ganho quatro mil cruzeirosPor mês... Eu devia agradecer ao Senhor Por ter tido sucesso Na vida como artista Eu devia estar feliz Porque consegui comprar Um Corcel 73... Eu devia estar alegre E satisfeito Por morar em Ipanema Depois de ter passado Fome por dois anos Aqui na Cidade Maravilhosa... Ah!Eu devia estar sorrindo E orgulhoso Por ter finalmente vencido na vida Mas eu acho isso uma grande piada E um tanto quanto perigosa... Eu devia estar contente Por ter conseguido Tudo o que eu quis Mas confesso abestalhado Que eu estou decepcionado... Porque ...

O que escondo no bolso do vestido - Poema de Betty Vidigal

Foi em uma conversa sobre a qualidade dos poemas, quais aqueles que se tornam mais significativos em nossa vida , diferentemente de outros que não sensibilizam tanto, nem atingem a universalidade, que Betty Vidigal foi buscar, de outros tempos este poema, "Escondido no Bolso do Vestido", que agora apresento ao leitor do Pó das Estradas, para o seu deleite. O que escondo no bolso do vestido  não é para ser visto por qualquer  um que ambicione compreender  ou que às vezes cobice esta mulher.  O que guardo no bolso do vestido  e que escondo assim, ciumentamente,  é como um terço de vidro  de contas incandescentes  que se toca com as pontas dos dedos  nos momentos de perigo,  para afastar o medo;  é como um rosário antigo  que um fiel fecha na palma da mão  para fazer fugir a tentação  quando um terremoto lhe ameaça a fé:  Jesus, Maria, José,  que meu micro-vestido esvoaçante  não v...