Imagino o povo paulistano levantando da cama agora cedo. Por certo é teimosia, obrigação. Resmunga, mas tira a coberta.Sabe que precisa sobreviver, trazer dinheiro para casa, sustentar a família. Senão, que tudo se explodisse. Mas qual o quê! Vai sabendo que hoje é sexta-feira e que o fim de semana há de compensar o sono acumulado na semana. Até o sexo entra no cálculo com o tempo. Nem sempre: o sexo entra sempre no contratempo. Ruas vazias recolhem os retardatários. Um carro se movimenta à frente. Um homem traz uma criança no colo de dentro de casa. Deve estar doente. A gripe H1N1 está fazendo muitas vítimas na cidade, epidemia atingindo a vizinhança, próxima de casa. Vamos rezar pelos pequeninos que não sabem de nada disto e estão sujeitos à nossa agressão no mundo.
Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte, ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...
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