São Paulo permaneceu frio durante todo o dia, anunciando a proximidade do inverno. Os mendigos da Ponte da Móoca, protegidos pela ação social da Prefeitura, ocuparam as calçadas, na saída do metrô, com seus cobertores, imóveis pelo frio. Até os cães se enrolavam juntos. Está cada vez mais difícil locomover-se em Sampa, sem apertar-se: é no metrô, é nos ônibus, NAS CALÇADAS. Não há lugar onde não se aperte. Vou fazer uma calça de material resistente a pressão, e uma camisa anti-abraço, porque não se anda mais só nas ruas, mas colado a desconhecidos. Acompanhado mas desacompanhado, um paradoxo da cidade conturbada com sua desordem organizada. Vai entender!
Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte, ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...
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