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A comunhão e a agonia.

Fui levar a comunhão a uma paciente que pedira a Eucaristia.

Ao chegar no quarto, percebi que havia outra paciente, em início de processo de agonia, véspera da morte.

Ao seu lado, segurando suas mãos, a paciente que pedira a Eucaristia, toda trêmula e preocupada.

Perguntei-lhe as razões da preocupação e ela mostrou sua colega de quarto.

Alertei-lhe de que era a outra paciente que estava em agonia, mas que ao entrar no quarto, quem estava agonizando era ela.

Fizemos assim nossas orações e em seguida ela recebeu Jesus Cristo na Hóstia Consagrada.

O que está por trás desta visita é o sentido da morte.

Apesar de reconhecermos a morte com uma inevitabilidade,e sempre sempre nos vemos com olhos de eternidade.

E ao presenciarmos estas situações vem o choque da transitoriedade, a nossa espiritualidade sem orações, sem convicções.

Estamos num aprendizado contínuo de um caminho que se trilha pela fé, na escuridão.

Continuemos.

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