
E nossas vidas, em alguma ocasião, acontece de aparecer um rato em nosso armário. Pode ter acontecido de deixarmos a casa vazia por algum tempo, ou a fresta de uma janela aberta, enquanto saíamos, até a porta dos fundos aberta, e temos a companhia indesejável de um rato.
O rato não nos pede licença para entrar, não espera ser convidado, vai entrando como se fosse sua própria casa.
No princípio não percebemos a sua presença. Acontece de haver um ruído aqui, ou de encontrarmos papéis roídos pelo chão. Achamos que é natural e limpamos. Um dia, entretanto, quando voltamos, o nosso cão pára diante do armário e fica cheirando insistentemente. Quando olhamos, lá está, atrás do armário, um rato, na maior tranquilidade, descansando.
Armamo-nos de vassouras, trancamo-nos no quarto, e iniciamos uma luta renhida para capturá-lo ou matá-lo. Que nada, na primeira oportunidade, após escapar rapidamente da primeira tacada, ele desaparece completamente.
Tiramos o armário do lugar, as gavetas, roupas, sapatos, amontoamos tudo sobre a cama, e nada. Escafedeu-se.
Por vezes, em nossas vidas, acontece de termos um rato em nosso armário.
Indesejável, barulhento à noite, deixando seu bolo fecal espalhado pelos lugares mais recônditos da casa.
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