Estou recolhido. O domingo cumprirá rigorosamente o seu papel de repouso. Sair apenas para o indispensável. Como quase tudo se dispensa, saio apenas por causa da dispensa vazia. Comer, necessidade básica. Muitos não tem o que comer. Comer, por si só, já é um egoísmo, apesar de um governo que favoreça o mais pobre com o bolsa família. Ficarei parte do tempo na cozinha e parte na cama. O mundo fica para amanhã, apesar das urgências. Tudo pode sempre melhorar ou piorar, dependendo da ótica, do ânimo interno. O poema cala a inspiração, o artigo cansa. Por isto darei uma pausa até despertar-me novamente para o tudo que espera.
Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte, ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...
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