Foi em uma conversa sobre a qualidade dos poemas, quais aqueles que se tornam mais significativos em nossa vida , diferentemente de outros que não sensibilizam tanto, nem atingem a universalidade, que Betty Vidigal foi buscar, de outros tempos este poema, "Escondido no Bolso do Vestido", que agora apresento ao leitor do Pó das Estradas, para o seu deleite. O que escondo no bolso do vestido não é para ser visto por qualquer um que ambicione compreender ou que às vezes cobice esta mulher. O que guardo no bolso do vestido e que escondo assim, ciumentamente, é como um terço de vidro de contas incandescentes que se toca com as pontas dos dedos nos momentos de perigo, para afastar o medo; é como um rosário antigo que um fiel fecha na palma da mão para fazer fugir a tentação quando um terremoto lhe ameaça a fé: Jesus, Maria, José, que meu micro-vestido esvoaçante não v...
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