Um dia prometi
a mim mesmo:
Não mais irei chorar.
As pessoas
haviam perdido
o pensamento.
Seguiam
sonâmbulos
debaixo do Sol.
Dormiam.
Também
Não sonhavam.
Estavam mortos;
insepultos.
Profundas
trivialidades
cobriam
o verde
o amarelo.
Prometi não mais chorar
não mereciam lágrimas
porque
não olhavam
não falavam
não sentiam
Só perambulavam
sonolentos,
esquecidos
de tudo.
João Paulo Naves Fernandes
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