Pular para o conteúdo principal

OBSERVACOES ÍNTIMAS



As expressões...
dizem diretamente 
ao coração.

O Sol não sorri
mas desperta.

A Lua não se enamora
mas inspira.

tudo modula 
as sensações 
de quem vê.

A queda está antes, 
na face, 
que no chão.

Miserável a ausência 
de esperança
sorriso...
doe 
em quem observa,
quanto mais
naquele que sofre
se vê só.

Os gritos calados
dizem muito
dos que sofrem.

Para estes
nunca haverão
manchetes.

São os esquecidos
dos esquecidos
dos esquecidos.

É preciso animar
os mortos!
Ressuscitá-los!

Ajudá-los 
a se redescobrirem
primeiro como gente,
depois, caminhar seguro.

Busco razões
para justificar
meu hoje.
desafios pessoais
rompimentos de paradigmas
solidariedade fraterna
amorosa,
busca da verdade
coerência
posicionamento...
oração
diante da incapacidade,
porquê não?
a lista é grande
interminável.

Não se joga 
a vida fora
gratuitamente.

Não estamos aqui
para lermos 
os noticiários
permanentemente,
assistirmos novelas
intermináveis
comermos
bebermos
divertir-nos.

É muito mais!

Afundamos 
sempre que caímos.

Olhe para si;
depois 
para o outros
e busque...
ao final do dia
se fez
ou se desfez

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Soneto de Dom Pedro Casaldáliga

Será uma paz armada, amigos, Será uma vida inteira este combate; Porque a cratera da ... carne só se cala Quando a morte fizer calar seus braseiros. Sem fogo no lar e com o sonho mudo, Sem filhos nos joelhos a quem beijar, Sentireis o gelo a cercar-vos E, muitas vezes, sereis beijados pela solidão. Não deveis ter um coração sem núpcias Deveis amar tudo, todos, todas Como discípulos D'Aquele que amou primeiro. Perdida para o Reino e conquistada, Será uma paz tão livre quanto armada, Será o Amor amado a corpo inteiro. Dom Pedro Casaldáliga

UM CORPO ESTENDIDO NO CHÃO

 Acabo de vir do Largo de Pinheiro. Ali, na Igreja de Nossa Senhora de M Montserrat, atravessa  a Cardeal Arcoverde que vai até a Rebouças,  na altura do Shopping Eldorado.   Bem, logo na esquina da igreja com a Cardeal,  hoje, 15/03/2024, um caminhão atropelou e matou um entregador de pão, de bike, que trabalhava numa padaria da região.  Ó corpo ficou estendido no chão,  coberto com uma manta de alumínio.   Um frentista do posto com quem conversei alegou que estes entregadores são muito abusados e que atravessam na frente dos carros,  arriscando-se diariamente. Perguntei-lhe, porque correm tanto? Logo alguém respondeu que eles tem um horário apertado para cumprir. Imagino como deve estar a cabeça do caminhoneiro, independente dele estar certo ou errado. Ele certamente deve estar sentindo -se angustiado.  E a vítima fatal, um jovem de uns 25 anos, trabalhador, dedicado,  talvez casado e com filhos. Como qualquer entregador, não tem direito algum.  Esta é minha cidade...esse o meu povo

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod