TRANSITORIEDADE
Que a morte
não seja surpresa
a presa.
Caminha escondida
à vida,
sombra permanente
de poente.
Alegra-se com as flores
perfumadas,
pisa a terra onde vive
passo a passo,
cadafalso
de caminhadas inúteis.
Uma névoa permanente
sussurra na gente,
que não quer ver.
Mantém prontidão
diante da distração,
em que repousa a rotina.
Faz chacota dos projetos,
amiga das consciências profundas.
Morte sorrateira!
Brada companheira!
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