Deixar palavras...
é o que temos a oferecer,
os que apreciam
são poucos.
os que desdenham,
a maioria.
Palavras
chegam às partes
vulneráveis
dos templos,
onde doutrinas
anestesiam
mortos.
Palavras
provocam
silêncio público,
púlpitos vazios
que digerem
digerem.
Palavras
rompem auroras
desnudam estruturas
envergonhadas
de velhas rotinas.
Palavras
amansam guerras
armam o espírito
para um período
de paz.
Palavras
são enclaves críticos
onde as soluções
são consumidas
no afã de ter.
Palavras
corrigem distâncias
afagam portos
aproximam lábios,
hálito e mel.
Elas sao tudo
o que podemos
oferecer.
Elas são tudo!
E podemos
oferecer.
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