Sou um poeta
foragido
da segurança
máxima.
Escapei da prisão
das universidades
academias.
Busco os pobres
"desletrados"
crianças
sem colos
homens
embrutecidos
mulheres
estupradas.
Fujo das celas individuais
quarentena
dos versos
da escura
realidade.
cegos.
Recito versos
proscritos,
beijam
amam
lambuzam
como animais,
pecam
em esconderijos.
Assalto o mundo
com palavras
condenadas,
viciadas em versos.
Escondo-me
nas ruas
da repressão
das Arcadas
junto a massa
que passa
"desletrada"
Versos perseguidos...
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