Sacudir os ramos ao ver Jesus entrar em Jerusalem, e no mesmo período pedir a Pilatos para crucificá-lo... Muitas vezes ouvimos:" Vox populi vox Dei". Não se aplica neste caso, não é mesmo? E não pode ser uma frase sempre verdadeira, pois há exceções. Isto me faz lembrar do velho conceito de "verdade possível", se não me engano de Lucien Goldman, onde o autor circunscreve a verdade ao conceito de classe social. Sendo a classe operária a maior, este conceito relativiza a sua verdade com o setor social de maior significância, e elite, ficando com uma ótica relativamente menos verdadeira, vamos dizer assim. Mas, ainda assim, a verdade fica limitada. Mas a verdade não pode também ser um conceito individual? Não pode ser aplicada também para pequenas situações corriqueiras? Porque ela está disponível para todas as dimensões, e, frequentemente o valor de sua aplicação pode estar em uma situação considerada inexpressiva. Grandes decisões dependem de como as pessoas resolveram pequenas coisas. Por exemplo, não é possível eu defender o direito a alimentação dos mais pobres, e entrar num baita restaurante chique, atravessando um grupo de pedintes, do lado de fora. Vocês poderão me dizer, que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Bem, isto fica para a consciência de cada um, mas a verdade questiona. Creio que não nos é possível domar a verdade, sujeitá-la a nós. ao contrário, a verdade é que nos confronta no dia a dia, testando-nos em nossos valores, formação familiar, crenças, perfis profissionais e políticos. Se sobrevivemos às suas investidas, então estamos em um caminho bom. Mas ocorrem ocasiões em que a verdade está subjacente a um fato, e nem sempre é percebido quando a evitamos, e caminhamos para o erro, ou o crime, ou ao pecado. Como acredito que Deus é Onisciente, sei que Ele sabe que a verdade foi subtraída naquele caso, em que passou desapercebida das pessoas. Ter consciência das contradições da vida deve ser uma meta sempre à nossa frente, e deixarmos o Espírito Santo ir nos conformando à semelhança do semblante de Cristo, verdadeiro, justo, paciente, pacífico, humilde, respeitoso, compassivo, manso, direto, solidário, alegre, presente, transformador, cheio de esperança, solidário. A lista é grande, e por nós apenas será uma tarefa difícil de alcançar. "Só por Deus" mesmo.
Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte, ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...
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