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LIBERTADORES OFUSCA DEBATE


Talvez alguns não acreditem, mas o jogo do São Paulo e Inter chamou muito mais a atenção do telespectador do que o primeiro debate presidencial, promovido pela Rede Bandeirantes.

Só para queimar a lingua do Fernando Mitre, Diretor do Telejornalismo, que ajustando, a seu gosto, um empate técnico das pesquisas eleitorais, montava um argumento de que este debate daria a direção para todo o eleitorado se definir.

Como se nada tivesse acontecido até então, ou fossem posiões ainda irracionais, precisando daquela injeção milagrosa.

3% de audIência do debate significa 180 000 residências  antenadas, o que é inexpressivo diante do universo televisivo. Arrisco-me a dizer que este debate, só por causa desta baixa audiência, não trará maiores repercussões.

Tudo deve continuar como está, Dilma crescendo, Serra se arriscando mais, Marina com sua auto-estima crescendo, mas com discurso coincidente ao de Dilma.

Plínio foi a novidade, mas para quem? Os 3% de telespectadores que assistiram o debate são os "já posicionados", ou "engajados", a "inteliguência" de Manheim.

Se alguma modificação vier deste debate será o roubo de votos da Marina para Plínio. Serra pareceu estar à vontade, mas suas propostas de realização ("ministério dos lesionados", "ministério dos mutirões", exames dentários e oftamológicos) não são suficietes para apagar a ansiedade do eleitor por uma continuidade de Lula. Não resite sequer a pergunta: O Sr. fez isto em seu governo?

Dilma respondeu dentro do figurino, não errou; gaguejou um pouco, mas perdeu grandes oportunidades para nocautear Serra, que foi sentindo-se mais à vontade para criticar. Dilma pode trabalhar mais sua naturalidade, e expressões faciais, que aparecem um pouco rígidas, destoando com o que é falado. É preciso sal.

Mas tudo isso são comentários extemporâneos, porque 3% de audiência, diante da urgência da Libertadores, não teve nem comparação.

O eleitorado está se informando de atravessado, depois do jogo.

Assim, permanece a tendência atual de crescimento de Dilma.

O Mitre que me perdoe, mas o debate deu com os burro n'água

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