A eleição de 2010 trará uma transformação maior do que muitos de nós imaginaria.
Que a influência de lula seria importante, todos imaginávamos que existisse, porém com menor alcance.
Que Dilma seria um a candidata com personalidade, outros tinham dúvidas, principalmente os que acreditavam ser ela apenas um apêndice do processo, o que não se confirmou.
Agora, que a derrota que se vê no horizonte fosse tão acachapante, isto poucos esperavam.
A consequência disto é que alguns partidos da direita, como o DEM e quem sabe até o PSDB, podem estar com seus dias contados, devido a inexpressividade que poderão ficar, pós 03 de outubro. Esta situação traz para a direita um novo desafio: é preciso mudar de cara novamente para salvar alguma coisa do espólio que os mantém há séculos.
Este desfile de mudança de maquiagem vem acompanhando a elite reacionária, desde quando os ventos democráticos passaram mesmo a soprar sobre o país, mas a essência é uma só: a Besta Devoradora, a sugar o suor secular das multidões.
Com o grande carisma de Lula, muitos que antes alinhavam-se sob o manto desta direita, hoje, por sobrevivência, acompanham o governo, e "buscam modernizar-se também".
Nós achamos isto muito bom, mas não dormimos de toca.
Sabemos que é só haver uma alteração na conjuntura, e vapt, alinham-se com quem lhes ofereça mais.
Neste desespero por encontrar nova identidade, é de se ressaltar a nova face ecológica da direita.
Marina não é um fenômeno, mas foi incentivada desde o início pela direita a candidatar-se, para retirar a exclusividade feminina da candidata Dilma, e disputar o eleitorado chamado progressista.
Empunhando uma luta Robinhoodiana de defesa intransigente do ecologia, angariou algum poio de setores das classes médias urbanas, atingidas pela poluição e principalmente por um modo de vida estressante e desequiibrado.
Estes setores não divergem da obstrução de uma hidroelétrica no Pará, ou serem contra a transposição do Rio São Francisco, pois são realidades distantes, e vai de encontro com o purismo vegetariano, e a moda Zen.
É o PLANO B de que tanto falávamos.
Seu resultado, no momento é muito interessante: o pouco que Serra retirou de apoio a Dilma nas camadas de alta renda, com suas bravatas, acabou se dirigindo para Marina. Pesquisas retiradas do forno, dão conta que Marina pode estar suplantando Serra em Brasília, e Rio de Janeiro, com crescimenteo também em Sampa.
Nada muito significativo, mas mostra uma tendência de sepultamento da candidatura Serra, e o acionamento de Marina, para ver se ainda pode provocar uma modificação no panorama eleitoral, estável já há algumas semanas.
De fato a direita está buscando saídas, e Marina se presta a este serviço.
Por razões de laços sentimentais de um casamento rompido, o PT tem se privado de demarcar a diferença de concepções sobre ecologia e desenvolvimento, que bem teria desmontado a campanha da bonitinha.
Mas não, escolheu o Serra.
Agora é hora de acordar e começar a fazer esta diferenciação, porque, de repente vai começar a direita a ser ecológica desde criançinha.
A direita não sabe com que cara vai se apresentar, por isso ela vai pegando emprestado tudo o que pode: vira democrata, ecológica, esquerdista até.
Imagino que somente em torno de Aécio virá uma nova direita, reciclada de centro (lembram-se do Centrão), ou infiltrada no PMDB, como quer Kassab, e introduzir um cavalo de Tróia no Governo, para tentar implodí-lo depois.
O futuro dirá, mas no presente alertêmo-nos.
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