Pular para o conteúdo principal

Juventude muda de emprego em pouco tempo

Estudo revelado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), revela que a alta rotatividade está por trás do elevado nível de desemprego entre os mais jovens. De acordo com uma nota técnica publicada no o boletim Mercado de Trabalho: Conjuntura e Análise, lançado na última semana, os jovens não têm dificuldade de entrar no mercado, mas contratações e demissões são mais frequentes e os períodos de emprego, mais curtos.

“A entrada e saída muito fáceis tendem a diminuir a aquisição de experiência geral e específica de trabalho. Uma vez que o acúmulo deste tipo de capital humano é importante, a elevada rotatividade experimentada pelos jovens no Brasil é um fator que dificulta o aumento de sua (futura) produtividade e salários”, diz um trecho da nota técnica, assinada por um grupo de economistas encabeçado pelo editor do boletim e diretor adjunto de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Carlos Henrique Corseuil
qualifica  o06


“O jovem consegue entrar, mas ele entra numa empresa em que a rotatividade é muito alta”, afirmou, no Rio. Segundo Corseuil, provavelmente, são empresas de menor porte, em setores com maior movimentação de trabalhadores. Com isso, há uma dificuldade de alocação.

“Se você conseguisse colocar esses jovens nas empresas que se preocupam mais em treinar seus trabalhadores, em ter uma relação mais estável, certamente, a gente teria uma tendência melhor para o mercado de trabalho”, afirmou.

O estudo analisou os fluxos de entrada (contratações) e saída (demissões) do mercado de trabalho, conforme a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os dados mostram que não é mais difícil para os jovens conseguirem emprego, na comparação com os trabalhadores com mais de 25 anos. No entanto, os mais jovens perdem o emprego com mais frequência.

“Uma forma de lidar com o problema da elevada rotatividade no emprego é criar políticas que gerem incentivos para que trabalhadores e empregadores invistam na relação de trabalho. Uma possibilidade nesse sentido é pensar em cursos de treinamento”, diz outro trecho da nota técnica.
Para o secretário da Juventude da CTB, Vitor Espinoza, a realidade enfrentada pelo jovem trabalhador é preocupante. "O jovem não tem tempo de se qualificar, porque entra no mercado de trabalho e cumpre uma extensa jornada de trabalho com baixos salários. Para se ter um exemplo a jornada média semanal do jovem comerciário estudante chega a 42 horas. Diante da extensa jornada, conciliar trabalho com os estudos é um desafio", analisa o cetebista.

De acordo com Espinoza, se por um lado, a renda é importante para a família; por outro, a não qualificação implicará a manutenção de baixos níveis de rendimento e comprometerá a sua trajetória profissional. Com relação ao nível de escolaridade dos jovens comerciários, cerca de 60% tinham, em 2008, ensino médio completo ou superior incompleto, enquanto cerca de 25% tinham ensino fundamental completo ou ensino médio incompleto.
"Sendo assim, o jovem entra nesta encruzilhada e em sua grande maioria opta em abandonar os estudos e continuar trabalhando. Agravando o problema da baixa escolaridade e dos baixos salários. Um problema que diz respeito apenas a ele, mas sim, à toda sociedade e ao Estado", destaca o dirigente.
Portal CTB

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...

O POVO DE RUA DE UBATUBA

 Nos feriados, a cidade de Ubatuba dobra o seu número de habitantes. Quando isso acontece, logo retiram os moradores em situação de rua, de seus locais, porque consideram que estes prejudicam a "imagem" da cidade. A questão é que os moradores de rua somente são lembrados quando são considerados prejudiciais à cidade. Não existe em Ubatuba uma política de valorização do povo de rua, capaz de diagnosticar o que impede eles de encontrar saídas dignas para suas vidas. Não existe sequer um local de acolhimento que lhes garanta um banho, uma refeição e uma cama. Saio toda semana para levar comida e conversar com eles.  Alguns querem voltar a trabalhar, mas encontram dificuldade em conseguir, tão logo sabem que eles vivem na rua e não possuem moradia fixa. Outros tem claro problema físico que lhes impede mobilidade. Outros ainda, convivem com drogas legais e ilegais.  O rol de causas que levaram a pessoa viver na rua é imenso, e para cada caso deve haver um encaminhamento de sol...

PEQUENO RELATO DE MINHA CONVERSÃO AO CRISTIANISMO.

 Antes de mais nada, como tenho muitos amigos agnósticos e ateus de várias matizes, quero pedir-lhes licença para adentrar em seara mística, onde a razão e a fé ora colidem-se, ora harmonizam-se. Igualmente tenho muitos amigos budistas e islamitas, com quem mantenho fraterna relação de amizade, bem como os irmãos espíritas, espiritualistas, de umbanda, candomblé... Pensamos diferente, mas estamos juntos. Podemos nos compreender e nos desentender com base  tolerância.  O que passo a relatar, diz respeito a COMO DEIXEI DE SER UM ATEU CONVICTO E PASSEI A CRER EM JESUS CRISTO SEGUINDO A FÉ CATÓLICA. Bem, minha mãe Sebastiana Souza Naves era professora primária, católica praticante,  e meu pai, Sólon Fernandes, Juiz de Direito, espírita. Um sempre respeitou a crença do outro. Não tenho lembrança de dissensões entre ambos,  em nada; muito menos em questões de religião. Muito ao contrário, ambos festejavam o aniversário de casamento, quando podiam, indo até aparecida d...