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Para quem acha que o sindicato dos metroviários virou uma galinha morta, eis a alternativa da chapa 1 de oposição

Começou na última segunda-feira (09) e segue até a sexta-feira (13), o processo eleitoral para a escolha da nova diretoria do Sindicato dos Metroviários de São Paulo. Concorrem ao pleito duas chapas. A Chapa 1 – Oposição Metroviária, -  é a composta por integrantes da CTB, da CUT e independentes, escolhidos nome a nome em convenção feita na base, aliando experiência e renovação.
godoi seguranca
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Flávio Godói, que é o candidato à presidência pela Chapa 1 – Oposição Metroviária, destaca as contribuições ao longo dos anos dos integrantes experientes da composição para construção de uma sindicato forte e de luta.“Nos já tivemos à frente do sindicato e  conseguimos dar uma bela contribuição. Inclusive  por duas gestões seguidas (de novembro de 2000 até outubro de 2007). Atualmente, o acordo coletivo dos trabalhadores metroviários é um dos melhores do Brasil e nós contribuímos para construir esse acordo coletivo que nós temos hoje”, destacou o sindicalista, que é Supervisor de linha da Estação Patriarca. “Montamos um chapa que une a experiência e a renovação. Temos n nossa chapa cerca de 40% de pessoas que nunca participaram da gestão sindical. Portanto, é uma renovação significativa, que vai juntar a experiência dos mais velhos para darmos um salto de qualidade”, destaca Godói.
godoi2Para o candidato, o sindicato tem muito serviço pela frente e precisa de uma diretoria propositiva, que avance nas conquistas da categoria. “Nós temos muita a avançar. A categoria metroviária é uma categoria de ponta, e tem muito a conquistar. Trabalhamos num setor estratégico, que é o transporte público. Hoje transportamos uma média de 4,5 milhões de pessoas por dia, um número significativo. Por isso, esperamos que o metrô tenha um pouco mais de respeito e reconheça a qualidade dos serviços prestados pelos metroviários, que não é refletido em reajustes salariais, participação de resultados, nem pelo governo do estado e direção do metrô”, afirmou.
Na opinião do metroviário, que já acumula 38 anos de experiência no setor, as campanhas salariais e conquistas das reivindicações dependerão de muita luta para podemos conquistar minimamente a reposição salarial que nos é devida todo ano. Mas a gente acha que tem condições de avançar. Por isso estamos nos candidatando a voltar para direção do Sindicato para darmos um salto de qualidade. “A nossa categoria sempre esteve num patamar muito alto de reconhecimento e inserção no movimento sindical. Somos considerados uma das vanguardas da classe trabalhadora no Brasil. Nesse último período nós decaímos nesse processo por falta de politização por parte da atual gestão, que fez um trabalho de despolitização da categoria, inclusive, jogando a categoria contra as centrais sindicais, que sempre travaram uma luta para melhorar a vida do trabalhador e da sociedade”, afirmou.
Conhecido por sua dedicação e justeza, Godói afirma que muitas coisas devem mudar com a vitória da Chapa 1. “Em nossas visitas às áreas são muita as reclamações que ouvimos a ausência do dirigente na base e a falta de comunicação são algumas. Por isso, estamos nos comprometendo com a categoria a fazer um trabalho de base, inclusive com implementações no sistema de comunicação com a categoria, agilizando o processo, fazendo com que a categoria tenha mais informação sobre o que acontece em relação às negociações com a empresa”.
De acordo com os metroviários essa gestão deixou a desejar, principalmente na demorada chegada dos materiais de comunicação. “Estamos nos comprometendo  a dar esse salto de qualidade, inserindo os trabalhadores nessa luta para elevar o prestigio do trabalhador do setor, como um a categoria forte, de garra e de luta. Porque presamos por esse patrimônio que ajudamos a construir: a unidade da categoria.
Um pouco sobre o candidato
Nascido na cidade litorânea de Santo, Flávio Montesinos Godoi entrou na Companhia do Metropolitano em fevereiro de 1975, logo após dar baixa como Cabo da Aeronáutica. Por esse motivo, passou a ocupar o corpo de segurança do metrô, recentemente implantado. “Hoje na categoria metroviária posso dizer que sou um dos primeiros seguranças do metrô, senão o primeiro”.
Após quatro anos Godoi foi promovido a supervisor de estação. Atualmente é o primeiro supervisor de estação Patriarca (OTM3). Dos 38 anos de metrô, Godoi dedicou 21 ao Sindicato (de 1989 até o final de 2010).
“Fui convidado por demonstrar uma militância atuante, que despertou a atenção da direção do sindicato. Apesar de ter um cargo de supervisão, eu tinha um destaque pela minha militância e combatividade, participava de assembleias e movimentos. Isso fez com que a diretoria me convidasse em 1988 a fazer parte de uma chapa. Após ganhar a eleição nos mantivemos por sete gestões seguidas”, relembra.
Na trajetória sindical, o dirigente ocupou diversas pastas, da secretaria de esportes à presidência, cargo que ocupou por duas gestões. Para ele, uma das maiores conquistas foi o adicional risco de vida de 10% para os agentes de segurança e para os antigos bilheteiros de metrô.
Portal CTB

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