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Um domingo frio em São Paulo, 04/08/2019

Há muito tempo não tenho um domingo rotineiro.
Problemas de doença na família tem nos ocupado bastante, mas agora tudo parece estar voltando ao normal.
Resolvemos então ir á missa das 09H30 no Santuário da Reconciliação, no Caxingui, vinculado aos Combonianos, uma ordem que tem uma firme posição ao lado dos pobres e oprimidos deste mundo.
Padre Luciano celebrou a missa. Com ele estudo a Bíblia há uns 5 anos, desmitificando a fé em Jesus Cristo, difundido por aí, dócil e submisso aos ricos e poderosos.
Hoje o Evangelho de Mateus nos ensinou que não devemos ajuntar tesouros na terra, porque não sabemos quando iremos morrer. Critica basicamente a ganância e a exploração.
Depois fomos até as Perdizes encontrar o meu irmão mais velho, para almoçarmos juntos.
Ele nos propôs o Consulado da Bahia, que fica na rua dos Pinheiros.
Lá pedimos uma moqueca de badejo com camarões, e banana da terra assada.
Para o frio de hoje caiu muito bem.
Voltamos pelas 15H30.
Aproveitei para ler a folha de São Paulo. ,Ainda sou daqueles que gosta de ler um jornal em papel. Vejo que Bolsonaro, com sua provocação diária vai perdendo apoio crescente, chegando até ao STF. Penso que o crime organizado chegou até o cume do poder, e estamos ficando nas mãos de pessoas perigosas. Deitamos e dormimos debaixo das cobertas.
Para nos refazer de tudo, acabei fazendo um chá mate bem quente.
O Brasil também convive com rotinas.
A classe média está satisfeita com todo este reacionarismo, e dá largas gargalhadas nos restaurantes. É um tempo difícil e devemos saber acumular forças, mas o domingo também nos é reservado para descansar..


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